
A Justiça do Paraná determinou a soltura da professora acusada de amarrar um menino autista de 4 anos em uma escola de Curitiba. O caso, que chocou a comunidade escolar e gerou amplo debate nas redes sociais, ocorreu no último mês e chegou aos tribunais após denúncia dos pais da criança.
Detalhes do caso
Segundo testemunhas, o incidente aconteceu durante uma crise da criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A educadora, cuja identidade foi preservada, teria utilizado faixas de tecido para imobilizar o aluno sob alegação de "conter a agitação".
Reação da família e comunidade
Os pais do menino registraram ocorrência na delegacia especializada, classificando o ato como maus-tratos. O caso mobilizou entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, que cobraram apuração rigorosa.
Decisão judicial
O juiz responsável pelo caso concedeu liberdade à professora, mas impôs medidas cautelares:
- Proibição de aproximação da vítima e familiares
- Monitoramento eletrônico
- Suspensão temporária das atividades docentes
Em sua decisão, o magistrado ponderou que não havia risco à investigação ou à ordem pública, mas destacou a gravidade dos fatos. O processo continua em andamento para apurar responsabilidades.
Impacto na educação especial
Especialistas em educação inclusiva alertam que o caso evidencia a necessidade de:
- Capacitação permanente de educadores
- Estrutura adequada nas escolas
- Protocolos claros para situações de crise
A Secretaria Municipal de Educação de Curitiba informou que está revisando seus protocolos de atendimento a alunos com necessidades especiais e oferecendo apoio psicológico à família.