
O tribunal de Justiça de Goiás acabou de fechar um dos casos mais chocantes dos últimos anos. Um pedreiro, de 36 anos, vai passar as próximas décadas atrás das grades pelo que fizeram com uma mulher trans. A sentença saiu pesada: 67 anos de prisão.
E olha que a história é de arrepiar. Tudo aconteceu naquele ano de 2022, num terreno baldio em Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia. A vítima, uma mulher trans de 27 anos, foi atraída para o local com uma promessa falsa. Quando chegou lá, o pesadelo começou.
O crime que comoveu Goiás
Os detalhes são tão cruéis que custa acreditar. O pedreiro — que trabalhava na região — não agiu sozinho. Tinha um comparsa, mas esse outro envolvido acabou sendo assassinado pouco depois do crime. Coisa de filme de terror, só que na vida real.
O que aconteceu naquela noite foi pura maldade. Primeiro, espancaram a mulher trans. Depois, jogaram gasolina nela e atearam fogo. Sim, queimaram uma pessoa viva. A cena deve ter sido dantesca.
Longos anos de espera por justiça
Três anos se passaram até que a Justiça finalmente desse seu veredito. O julgamento aconteceu na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Goiânia, e o resultado não poderia ser diferente. A sociedade goiana acompanhava com atenção — e com certa apreensão — o desfecho desse caso terrível.
O promotor que acompanhou o caso não poupou palavras ao descrever a brutalidade do crime. "Estamos diante de um dos atos mais cruéis que já vi em minha carreira", declarou. E realmente, é difícil imaginar algo pior.
Os números da sentença
Os 67 anos de prisão não vieram à toa. A condenação foi dividida assim:
- 15 anos por homicídio qualificado
- 15 anos por lesão corporal grave
- 37 anos por tortura
Uma soma que praticamente significa prisão perpétua para o pedreiro, considerando sua idade. A Justiça mandou um recado claro: crimes de ódio e tortura não serão tolerados.
Um caso que vai além dos números
Mas vamos combinar que nenhum número de anos na prisão vai devolver a vida que foi tirada de forma tão violenta. O que aconteceu com essa mulher trans reflete uma triste realidade que muitas pessoas LGBTQIA+ ainda enfrentam no Brasil.
O caso serviu como um alerta — doloroso, mas necessário — sobre a violência contra a comunidade trans. E também mostrou que, mesmo que demore, a Justiça pode funcionar.
Agora, resta torcer para que essa condenação histórica sirva de exemplo e, quem sabe, iniba outros crimes tão hediondos quanto esse. A sociedade goiana — e brasileira — precisa de mais casos como esse, onde a impunidade não prevalece.