
Uma família do Paraná ficou chocada ao descobrir que seu filho, um menino autista de 4 anos, foi amarrado em uma escola da região. Segundo relatos, essa não foi a primeira vez que a criança passou por essa situação.
Os pais, que preferiram não se identificar, contaram que perceberam marcas no corpo do filho e, após questioná-lo, souberam dos maus-tratos. A escola, que também não teve o nome divulgado, alega que a medida foi tomada para "conter crises" do aluno.
Falta de preparo ou negligência?
Especialistas em educação inclusiva afirmam que casos como esse revelam a falta de preparo de muitas instituições para lidar com crianças neurodivergentes. "Amarrar uma criança é inaceitável em qualquer circunstância", diz a psicóloga infantil Ana Paula Silva.
O que diz a lei?
No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) proíbe qualquer forma de violência ou discriminação contra pessoas com deficiência. O caso já foi denunciado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público.
Como identificar sinais de abuso
- Mudanças bruscas de comportamento
- Marcas físicas inexplicáveis
- Resistência em ir à escola
- Regressão no desenvolvimento
O caso reacendeu o debate sobre a necessidade de melhor formação dos profissionais de educação e de políticas públicas mais eficazes para a inclusão de crianças com autismo.