
Era uma terça-feira como qualquer outra — ou deveria ser. Mas o que aconteceu naquele 21 de julho em São Carlos transformou a vida de uma família inteira num pesadelo sem sentido. Uma adolescente de 15 anos, cheia de planos e sonhos, teve tudo interrompido por um ato de violência que até agora ninguém consegue explicar direito.
"Mataram minha filha por causa de nada", desabafa a mãe, com a voz embargada. Você já parou pra pensar no que significa perder alguém assim? De repente, sem motivo, sem chance de defesa. A dor dela é tão palpável que dói até na gente, de longe.
O crime que chocou a cidade
Segundo as primeiras informações — e aqui a gente tem que tomar cuidado com os "achismos" — a jovem estava num lugar tranquilo, sem histórico de violência. Do nada, segundo testemunhas (que preferiram não se identificar, claro), apareceram dois caras armados. O que aconteceu depois foi rápido demais pra quem tava lá, mas lento demais na memória de quem viu.
Os tiros ecoaram. A menina caiu. Os criminosos fugiram como covardes. E agora? Agora sobram perguntas sem resposta e um vazio que nenhum processo judicial vai preencher.
Investigação a passos de tartaruga
A polícia — que insiste em dizer que "está fazendo o possível" — ainda não tem pistas concretas. Os detetives correm atrás de câmeras de segurança, mas sabe como é né? Sempre tem aquela que "tava quebrada" ou "não tava apontando pro lugar certo". Conveniente, não?
Enquanto isso, a família:
- Enterrou uma filha que mal começou a viver
- Vive com medo de que os assassinos voltem
- Passa noites em claro esperando por justiça que talvez nunca venha
E a cidade? Bem, a cidade segue sua vida como se nada tivesse acontecido. Até a próxima tragédia.
O luto que não cabe em estatísticas
Os números oficiais vão registrar mais um homicídio. Só mais um. Mas pra mãe da vítima, não é "só mais um". É a filha que não vai mais comemorar aniversário, que não vai se formar, que não vai dar netos. É a cadeira vazia na mesa de jantar, o quarto intacto, as fotos que agora são só memória.
"Ela tava no lugar errado na hora errada", dizem alguns. Mas cadê o "lugar certo" numa cidade onde a violência escolhe suas vítimas ao acaso?
Enquanto escrevo isso, me pergunto: quantas mães vão chorar seus filhos hoje antes do pôr do sol? Quantas vidas interrompidas cabem num só dia? E por que a gente se acostumou com essa rotina de mortes sem explicação?