Mãe de Ingrid Emanuelle Relata Desespero ao Ver Executores Sair de Viatura: 'Minha Filha Chama por Mim Dia e Noite'
Mãe de Ingrid Emanuelle relata desespero por filha sequestrada

O coração parece querer sair pelo peito. A respiração falha. Os olhos não conseguem se afastar da cena que, em tese, deveria trazer algum alívio, mas só amplia a ferida. Foi assim que Maria* descreveu o momento em que viu, pela primeira vez, os homens suspeitos de sequestrar sua filha sendo retirados de uma viatura policial.

"A gente fica ali, paralisado. Vê aqueles rostos e pensa: foram eles que levaram minha Ingrid?", conta a mãe, com a voz embargada por uma mistura de raiva e desespero. "E aí vem o pior: minha filha chama pela mãe dia e noite, e a gente não pode fazer nada. Absolutamente nada."

Onze dias. Onze noites. É quanto tempo se passou desde que Ingrid Emanuelle, de apenas 25 anos, sumiu sem deixar rastros em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro. A angústia da família atingiu um nível quase insuportável nesta segunda-feira, quando dois suspeitos foram apresentados à imprensa.

O peso do silêncio

Maria preferiu não revelar seu nome verdadeiro - medo, sabe como é? Mas o que ela tem pra contar não cabe no silêncio. "Cada hora que passa é uma eternidade. Você olha pro relógio e pensa: onde ela está? Tem comido? Dormido? Está com frio?"

A rotina da família virou de cabeça pra baixo. "A gente não vive mais, só espera. Espera por um telefonema, por uma notícia, por qualquer sinal."

Os suspeitos e a investigação

Os dois homens presos - um de 28 e outro de 36 anos - foram localizados através de câmeras de segurança que flagraram o momento do sequestro. As imagens mostram Ingrid sendo forçada a entrar em um veículo, num daqueles episódios que a gente só vê em filme, até acontecer do lado de casa.

O delegado responsável pelo caso evitou dar detalhes sobre as motivações, mas adiantou que as investigações seguem "a todo vapor". Dois celulares apreendidos podem ser a chave para desvendar o paradeiro da jovem.

Enquanto isso, a família segue num limbo doloroso. "A Ingrid é uma menina boa, trabalhadora. Não tem inimigos, não se mete em confusão", garante a mãe, entre lágrimas. "Por que fizeram isso com ela? Por que?"

Perguntas que, por enquanto, ficam sem resposta - ecoando na mente de uma mãe que só quer ter a filha de volta nos braços.