As imagens são de cortar o coração — e revirar o estômago. Num ato covarde que mistura vandalismo puro com ódio disfarçado de brincadeira, um grupo de jovens decidiu transformar celebração em caos durante uma parada LGBT+ em Minas Gerais.
O vídeo, que circula nas redes com a velocidade de um rastilho de pólvora, mostra o instante preciso em que os indivíduos, ainda não identificados, lançam uma bomba de artifício em meio à multidão. A cena é rápida, seca, quase surreal. De repente, o colorido da festa vira fumaça e pânico.
Não foi acidente. Não foi distração.
Foi intencional — daqueles gestos que a gente sabe, no fundo, que carrega um propósito: assustar, ferir, humilhar. A explosão ecoou como um golpe baixo não só contra os corpos presentes, mas contra a ideia inteira de respeito.
Testemunhas ficaram em choque. Muitos correram, outros gritaram. Uns poucos, incrivelmente, tentaram manter a paz — porque até na hora do medo, a comunidade mostra uma resiliência que é, francamente, admirável.
E agora?
A Polícia Civil já foi acionada e investiga o caso. As imagens devem servir de prova, é claro. Mas além disso, servem como retrato de um Brasil que ainda hesita entre o afeto e a agressão quando o assunto é diversidade.
É aquela velha história: enquanto uns dançam, outros atiram. Literalmente.
Que este episódio não vire apenas mais um vídeo viral. Que vire caso de polícia — e de consciência.
