
Uma daquelas notícias que dói na alma e faz a gente questionar até onde vai a crueldade humana. Em Ipuã, interior paulista, a polícia está investigando a morte trágica de uma senhora de 73 anos – vítima de desidratação severa e, pasmem, supostos maus-tratos.
O caso veio à tona na última segunda-feira (25), mas acredite, a situação já se arrastava há tempos. A idosa, que tinha nome e história – dona Catarina de Souza Santos –, estava sob os cuidados da própria prima. E olha que coisa: a tal prima, de 47 anos, acabou presa preventivamente. A justiça não perdoou.
Como tudo começou? Tudo indica que a idosa já estava em situação precária de saúde. Desidratada, fraca, abandonada à própria sorte. A Polícia Militar foi acionada para fazer um transporte de urgência até o hospital. Mas não deu tempo. Ela não resistiu.
Os detalhes que chocam
O laudo preliminar do IML não deixa margem para dúvidas: causa mortis, desidratação. Sim, desidratação. Algo totalmente evitável, tratável. Algo que, num país tropical como o nosso, soa como negligência criminosa.
E não para por aí. Testemunhas relataram à polícia que a idosa era mantida trancada em casa. Isolada. Sem acesso a água, comida ou cuidado mínimo. Uma prisão domiciliar que virou câmara de tortura silenciosa.
A delegada responsável pelo caso, Dra. Fernanda Costa, foi enfática: "Estamos diante de um cenário de extrema vulnerabilidade. A vítima dependia totalmente dos cuidados da prima, que falhou de forma brutal".
A prisão e a investigação
A prima da vitima, cuja identidade não foi divulgada, foi levada para a cadeia pública de Orlândia. A defensoria pública já foi acionada, mas a situação é grave. Muito grave.
O delegado titular de Ipuã, Dr. Roberto Mendes, adiantou que o inquérito policial vai apurar todos os detalhes. "Não descartamos nenhuma hipótese. O que aconteceu ali dentro daquela casa foi, no mínimo, assustador", comentou ele, visivelmente abalado.
E a pergunta que fica: como uma pessoa, ainda mais idosa, chega a esse ponto de abandono? Em pleno século XXI? É de cortar o coração.
O caso segue sob sigilo, mas a comoção na cidade de 15 mil habitantes já é palpável. Vizinhos, amigos, até desconhecidos se perguntam como não perceberam antes. Como ninguém viu? Como ninguém denunciou?
Uma tragédia anunciada que terminou em morte evitável. E agora, resta esperar que a justiça seja feita – por dona Catarina e por todos os idosos que sofrem em silêncio.