
O que deveria ser uma experiência inesquecível na exuberante Amazônia se transformou num pesadelo para duas turistas. Na última segunda-feira, um guia turístico — justamente quem deveria garantir sua segurança — foi detido sob a acusação gravíssima de importunação sexual.
O caso aconteceu num hotel da Avenida Coronel Teixeira, no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. Segundo relatos, o profissional, identificado como Raimundo Nonato F., de 54 anos, teria se aproveitado da função para praticar atos libidinosos contra as visitantes.
Como tudo aconteceu
Parece coisa de filme de terror: você contrata alguém para te mostrar as maravilhas da floresta, e essa mesma pessoa se torna sua ameaça. As duas mulheres, cujas identidades foram preservadas, relataram à polícia que o guia começou com aproximações inadequadas durante o passeio.
O clima, que deveria ser de deslumbramento com a natureza, ficou pesado. E o pior — ele não parou por aí. Seguiu as turistas até o hotel onde estavam hospedadas. Que absurdo, não?
A prisão em flagrante
Por sorte, a Polícia Militar agiu rápido. Ao receber a denúncia, deslocou uma viatura até o local e prendeu Raimundo Nonato em flagrante. O cara nem teve tempo de entender o que aconteceu — ainda bem!
O delegado Fábio Mendonça, que está à frente do caso, foi categórico: "As investigações apontam que o acusado se aproveitou da condição de guia para praticar os crimes". Ou seja, usou a profissão como isca. Que nojo.
O que acontece agora?
O preso já está à disposição da Justiça. E olha, a coisa é séria — importunação sexual é crime, e das coisas graves. A pena pode chegar a cinco anos de cadeia. Tem mais: ele vai responder pelo crime no regime semiaberto, inicialmente.
Mas cá entre nós, isso me faz pensar: quantos casos assim não acontecem e ficam sem denúncia? Duas turistas tiveram coragem de falar, mas quantas outras calaram por medo ou vergonha?
Reflexão necessária
O Amazonas vive do turismo. A natureza deslumbrante atrai gente do mundo inteiro. Mas casos como esse mancham a imagem do destino e, pior, colocam em risco a segurança de quem vem nos visitar.
Precisa ficar claro: assédio não é brincadeira, não é "cantada", não é "paquera". É crime. E quando vem de quem deveria proteger os turistas, a situação fica ainda mais repugnante.
Que esse caso sirva de alerta para o setor turístico local — e de encorajamento para outras vítimas denunciarem. Segurança, principalmente para mulheres viajando, tem que ser prioridade absoluta.