
Imagine a cena: um sujeito chega se passando por corretor, com uma lábia tão convincente que seria capaz de vender areia no deserto. Foi exatamente assim que tudo começou em Itapetinga, no interior baiano, nessa semana que não quer acabar.
O tal "corretor" — que, na verdade, era um golpista dos bons — marcou de encontrar um casal de idosos para mostrar um imóvel. Só que o objetivo dele não era fechar negócio algum. Era muito, muito pior.
O sumiço que acionou os alarmes
Quando o casal simplesmente desapareceu do mapa depois desse tal compromisso, a família ficou em polvorosa. E não era pra menos. Some duas pessoas da terceira idade de repente, depois de saírem com um sujeito que ninguém conhecia direito? O desespero bateu na porta.
Mas aí a trama engrossa — e como engrossa. Policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) meteram o pé na estrada e foram atrás de pistas. E não é que acharam o carro do suspeito, um Hyundai HB20, estacionado num lugar nada convencional?
Lá estava ele, o tal falso corretor, e dentro do veículo… bem, dentro do veículo estava um jovem autista, raptado horas antes. Que reviravolta, hein? O golpista tinha mais de uma carta na manga.
A investigação correu contra o tempo
Os policiais — esses heróis sem capa — não perderam tempo. Seguiram o fio da meada e descobriram que o casal de idosos estava escondido numa casa, possivelmente mantido contra a vontade. O que esse indivíduo pretendia fazer com três vítimas? A gente até treme só de pensar.
O delegado Diego Santos, que coordenou a operação, não escondeu o alívio. "Foi uma ação rápida e precisa", disse ele, com aquela voz cansada de quem não dorme direito há dias. "Conseguimos localizar e resgatar todas as vítimas com vida e em condições estáveis." Graças a Deus, ou melhor, graças ao trabalho competente da polícia.
O que me deixa pasmo é a audácia do criminoso. Se passar por corretor? Raptar um jovem autista? Fazer idosos desaparecerem? Parece roteiro de filme, mas foi pura realidade aqui no nosso quintal.
E agora, José?
O preso vai responder por uma penca de crimes: cárcere privado, sequestro, estelionato… a lista é longa. E ainda tem a investigação sobre outros possíveis golpes que ele possa ter aplicado pela região.
Fica o alerta para todo mundo: nesses tempos de golpe a cada esquina, desconfiem sempre. Verifiquem credenciais, não saiam com estranhos, confirmem informações. Sua segurança — e a dos seus — vale mais que qualquer negócio.
E que fique a lição: por mais elaborado que seja o plano criminoso, a lei sempre acaba chegando. Às vezes tarde, mas nesse caso, chegou na hora certa.