Falsa psicóloga é desmascarada no RS: vítimas incluíam crianças e adolescentes em tratamento fraudulento
Falsa psicóloga aplica golpes em crianças no RS

Imagine confiar a saúde mental do seu filho a um profissional que, no fim das contas, nem formação tinha. Foi exatamente essa situação aterrorizante que várias famílias de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, viveram nos últimos meses.

A Polícia Civil gaúcha acabou com essa farsa perigosa. Uma mulher de 41 anos — cujo nome a gente nem merece mencionar — foi indiciada por estelionato. Ela se passava por psicóloga, atendia pacientes, inclusive crianças e adolescentes, sem ter qualquer qualificação para isso.

O esquema era simplesmente revoltante. Ela chegou a atender mais de dez pessoas, aplicando técnicas que, convenhamos, poderiam causar mais danos que benefícios. E o pior: cobrava por esses "serviços" que não prestava de verdade.

Como a farsa foi descoberta

Tudo começou a desmoronar quando o Conselho Regional de Psicologia (CRP) recebeu uma denúncia anônima. Alguém desconfiou — e com razão — das credenciais da suposta profissional. Imediatamente, o CRP acionou a polícia.

As investigações mostraram algo que deixa qualquer um de cabelo em pé: ela não tinha diploma, não estava registrada no conselho, nem sequer havia concluído o curso de psicologia. Uma impostora completa.

Os delegados responsáveis pelo caso ficaram chocados com a audácia. "É um crime que vai além do material", comentou uma fonte envolvida nas investigações. "Mexer com a saúde mental de crianças é simplesmente inaceitável."

Vítimas em situação vulnerável

O que mais revolta nessa história toda é o perfil das vítimas. Crianças e adolescentes — que já estavam em situação delicada, buscando ajuda psicológica — caíram nas garras dessa charlatã.

Pense bem: famílias inteiras confiaram nela, acreditaram que estavam fazendo o melhor por seus filhos. E no fim descobriram que estavam sendo enganadas de forma cruel.

Os valores cobrados variavam, mas o preço emocional? Esse é incalculável.

O que acontece agora?

A falsa psicóloga responde pelo crime de estelionato. Se condenada, pode pegar até cinco anos de prisão. Mas, convenhamos, nenhuma pena vai devolver a confiança quebrada dessas famílias.

O caso serve de alerta para todos nós. Na próxima vez que buscar um profissional de saúde mental — ou qualquer profissional, na verdade — verifique suas credenciais. Consulte os conselhos regionais. Desconfie de preços muito baixos ou de comportamentos estranhos.

Porque no fim do dia, sua saúde — e a de sua família — não tem preço. E cair em mãos erradas pode custar muito mais do que dinheiro.