
O coração fica pesado quando os números chegam. Sinceramente, é daquelas notícias que a gente até hesita em compartilhar, mas calar? Jamais. As estatísticas recentes são um soco no estômago: os casos de violência sexual contra menores no interior do Rio deram um salto assustador. Não é pouco não — estamos falando de um aumento que beira o inacreditável.
Segundo as últimas apurações, de janeiro a agosto deste ano, já foram registrados nada menos que 147 ocorrências desse tipo. Para você ter ideia da gravidade, no mesmo período do ano passado, foram 115. A matemática é cruel: um crescimento de 27,8%. Quase trinta por cento! Quem diria que números poderiam doer tanto?
O Grito Silencioso das Vítimas
E sabe o que é mais revoltante? A maioria esmagadora desses crimes acontece dentro de casa. Sim, você leu certo. O perigo mora ao lado, muitas vezes embaixo do mesmo teto. Parentes, vizinhos, conhecidos da família — gente em quem se deveria confiar. É de cortar o coração.
As delegacias especializadas estão sobrecarregadas. Os profissionais que atendem essas vítimas precisam de estômago forte e muita, mas muita sensibilidade mesmo. Cada depoimento é uma ferida aberta, cada relato uma história que marca para sempre.
O Que Está Sendo Feito? Será que É o Suficiente?
As autoridades juram de pés juntos que estão agindo. Prometem aumentar o efetivo policial, capacitar melhor os agentes, criar campanhas de conscientização. Tudo muito bonito no papel, mas na prática? Bem, a realidade mostra que ainda temos um longo caminho pela frente.
Algumas medidas concretas que estão sendo discutidas:
- Reforço imediato no patrulhamento preventivo nas áreas mais críticas
- Parcerias com escolas para programas de educação sexual adequada à idade
- Canais de denúncia mais acessíveis e, o mais importante, sigilosos
- Capacitação de professores para identificar possíveis vítimas
Mas olha, de nada adianta ter mil planos se a população não fizer sua parte. Desconfiou? Denuncie. Viu algo estranho? Não fique calado. Proteger nossas crianças é dever de todos, não só do Estado.
E não me venham com esse papo de que "em briga de marido e mulher não se mete a colher". Quando se trata de violência contra menores, todo mundo tem que meter a colher, sim! E ainda chamar os vizinhos para meterem também.
O Disque 100 continua sendo o canal principal para denúncias. Funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Anotem aí: Disque 100. Memorizem. Espalhem. Pode ser a salvação de uma vida.
Enquanto isso, nas pequenas cidades do interior, o clima é de preocupação misturada com indignação. As pessoas estão com medo, e não é para menos. Como deixar seus filhos brincarem na rua? Como confiar em anyone? Perguntas difíceis, respostas mais complicadas ainda.
Uma coisa é certa: esse problema não vai desaparecer sozinho. Exige ação, exige coragem, exige que a sociedade enfrente fantasmas que preferiria ignorar. Mas ignorar? Essa palavra não pode existir no vocabulário quando o assunto é proteção da infância.