Tragédia em Piçarras: IML Confirma Identidade de Criança Encontrada Sem Vida na Praia
Criança morta em praia de Piçarras é identificada pelo IML

O mar devolveu na manhã desta terça-feira, 8, o que havia levado em silêncio. Pescadores da Praia do Saco, em Piçarras, encontraram algo que nenhum olhar gostaria de ver: o corpo de uma criança boiando nas águas calmas da costa catarinense.

Era um menino de apenas seis anos. Seis anos — uma vida que mal começou. O Instituto Médico Legal não deixou dúvidas: tratava-se do pequeno cuja ausência já vinha sendo sentida.

O Encontro que Parou a Praia

Por volta das 7h30, a rotina pacata da Praia do Saco foi quebrada. Homens do mar, acostumados a encontrar peixes, depararam-se com a cena mais dura de suas vidas. Imediatamente acionaram a Polícia Militar, que rapidamente isolou a área.

"A gente nunca espera por isso", comentou um dos pescadores, ainda visivelmente abalado. "O mar costuma nos dar sustos, mas esse... esse foi diferente."

As Peças do Quebra-Cabeça

O que exatamente aconteceu antes daquela manhã fatídica? Eis a pergunta que agora ocupa investigadores:

  • O corpo apresentava sinais de que esteve na água por um tempo considerável
  • Não havia ferimentos aparentes que indicassem violência
  • O local do achado fica em uma área de águas geralmente calmas

O IML trabalhou rapidamente — talvez movido pela urgência que casos envolvendo crianças sempre carregam. A confirmação da identidade veio como um alívio amargo para a família, que agora precisa enfrentar o luto com a cruel certeza nas mãos.

Uma Comunidade em Luto

Piçarras, aquela cidade praiana normalmente associada a veraneio e descanso, hoje veste uma tristeza diferente. Nas redes sociais, o caso gerou comoção imediata. "Não consigo parar de pensar na dor dessa família", escreveu uma moradora. "Aqui é uma cidade tranquila, essas coisas não deveriam acontecer."

E ela tem razão — ou pelo menos, deveria ter. Porque a verdade é que tragédias como essa não escolhem endereço. Chegam sem avisar, deixando um rastro de perguntas sem resposta.

Enquanto isso, as investigações seguem seu curso meticuloso. A Polícia Civil já iniciou os procedimentos de praxe, ouvindo testemunhas e coletando possíveis evidências. Cada detalhe, por menor que seja, pode ser crucial para entender como aquela criança chegou até as águas da Praia do Saco.

Restam agora as lembranças de quem o conheceu — e o silêncio onde antes havia risadas. O mar, testemunha silenciosa de tudo, continua seu movimento eterno, carregando nas ondas o eco de uma vida interrompida cedo demais.