
Um casal foi preso no Pará acusado de manter pelo menos 13 pessoas em situação análoga à escravidão em uma propriedade rural. De acordo com a polícia, a pastora e seu marido submetiam as vítimas a condições degradantes e as mantinham sob seu domínio.
As investigações começaram após denúncias de que os suspeitos recrutavam pessoas com promessas de emprego e depois as obrigavam a trabalhar sem remuneração adequada. As vítimas, segundo relatos, eram submetidas a longas jornadas de trabalho e viviam em locais insalubres.
Operação de resgate
Durante a operação policial, as vítimas foram encontradas em situação de vulnerabilidade. Muitas delas estavam sem documentos pessoais, que teriam sido retidos pelos acusados como forma de controle.
"Eles criavam um ciclo de dependência, dificultando que as vítimas deixassem o local", explicou um delegado envolvido no caso. Além do cárcere privado, os investigados podem responder por outros crimes, como redução à condição análoga à de escravo.
Condições degradantes
As vítimas relataram à polícia que:
- Dormiam em alojamentos precários
- Recebiam alimentação inadequada
- Tinham restrição de liberdade
- Eram vigiadas constantemente
O caso chamou a atenção pelas características religiosas dos acusados, que usavam sua posição para ganhar a confiança das vítimas. A polícia investiga se havia outras pessoas envolvidas no esquema.
Próximos passos
Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional e devem responder judicialmente pelos crimes. As vítimas receberam atendimento psicossocial e foram encaminhadas para programas de proteção.
O Ministério Público do Trabalho acompanha o caso e deve entrar com ações trabalhistas em favor dos resgatados. Autoridades alertam para a importância de denunciar situações semelhantes através dos canais oficiais.