Choque em Ribeirão Preto: Cadeirante Atropelado e Explosão de 47% na População de Rua Revelam Crise Social
Cadeirante atropelado e crise social em Ribeirão Preto

Uma cena que deveria ser rotineira — cruzar a rua no sinal — se transformou em pesadelo nesta sexta-feira em Ribeirão Preto. Um homem cadeirante, cuja identidade ainda não foi revelada, foi atropelado enquanto tentava fazer exatamente isso. O que me deixa pensando: até para as tarefas mais básicas, a cidade parece estar falhando com quem mais precisa.

Testemunhas contaram que foi rápido demais. Um carro, talvez distraído, talvez com pressa — não sabemos ainda — não respeitou o direito de passagem do cadeirante. O resultado? Mais uma vida jogada no asfalto, mais uma família recebendo aquela ligação que ninguém quer receber.

Enquanto isso, nos bastidores da prefeitura...

E se o acidente já fosse suficientemente chocante, espere até ouvir o que os números revelam. A prefeitura divulgou uma estimativa que dá frio na espinha: um aumento brutal de 47% no número de moradores em situação de rua nos últimos tempos. Quase a metade! Como é possível?

Não é só estatística, gente. São rostos, histórias, pessoas que perderam o chão — literalmente. A pergunta que não quer calar: o que diabos está acontecendo com nossa cidade?

  • O cenário atual: Ruas que antes abrigavam poucos, agora viraram lar forçado para dezenas
  • O contraste: Enquanto uns lutam para sobreviver no trânsito, outros lutam para sobreviver, ponto
  • A ironia cruel: A mesma cidade que não protege quem está nas ruas, também não protege quem tenta atravessá-las

Duas crises, uma só cidade

Parece que Ribeirão Preto está enfrentando uma daquelas tempestades perfeitas — e não estou falando de clima. De um lado, a violência no trânsito que atinge justamente os mais vulneráveis. Do outro, uma crise social que joga cada vez mais pessoas na vulnerabilidade extrema.

O cadeirante do acidente poderia muito bem ser qualquer um de nós em um dia ruim. E os moradores de rua? Bem, num país com economia capenga, também poderiam ser quaisquer um de nós.

"É um retrato triste de como estamos tratando nossa gente", me disse um assistente social que prefere não se identificar. E ele tem razão, não tem?

E agora, José?

A pergunta que fica é: para onde vamos a partir daqui? Como conciliar o crescimento econômico que tanto alardeamos com o colapso social que fingimos não ver?

O acidente do cadeirante — espero que ele se recupere — serve como metáfora perfeita: estamos todos vulneráveis, atravessando ruas perigosas, sem saber se o próximo carro vai respeitar nossa existência.

Ribeirão Preto precisa acordar. E rápido. Porque números de 47% não são apenas porcentagens — são vidas. E vidas, bem, essas a gente não pode perder de vista.