A madrugada desta segunda-feira em Panorama, aquela pacata cidade do interior paulista, amanheceu marcada por uma cena de horror. Dois homens em situação de rua — uma realidade tão comum quanto triste nas nossas cidades — se envolveram numa discussão que rapidamente escalou para algo muito pior.
Era por volta das 4h30 da manhã, sabe aquela hora em que a cidade ainda está dormindo? Pois bem, na Rua Pernambuco, perto do centro, o silêncio foi quebrado por vozes alteradas. Testemunhas contaram depois que a discussão começou por motivos que ninguém conseguiu precisar direito — talvez alguma rixa antiga, quem sabe.
O momento do crime
A coisa degringolou rápido, muito rápido. De repente, um dos homens — identificado depois como sendo de 38 anos — estava caído no chão, sangrando. Uma facada, dessas que não perdoam, atingiu ele no tórax. O agressor, segundo as primeiras informações, simplesmente desapareceu na escuridão.
O Samu chegou correndo, mas não teve muito o que fazer. A vítima foi levada às pressas para o Hospital Municipal de Panorama, mas — e aqui é a parte mais triste — não resistiu. Os médicos tentaram de tudo, mas o ferimento era grave demais.
O que sabemos até agora
A Polícia Militar está vasculhando a região atrás do suspeito. Eles não soltaram o nome dele ainda — provavelmente porque a investigação ainda está no começo. Mas sabem que ele também é morador de rua, e que conhecia a vítima.
O que me deixa pensando: como é que a gente chegou a esse ponto? Dois homens, ambos vivendo na rua, se matando por motivos que talvez nem eles mesmos entendam direito. É uma tragédia dentro de outra tragédia, se você parar para pensar.
O caso agora está com a Delegacia de Panorama. Eles vão apurar todos os detalhes — o que levou à briga, se havia antecedentes, tudo. O IML já foi acionado para fazer o reconhecimento do corpo.
O impacto na comunidade
Panorama não é uma cidade grande — tem uns 15 mil habitantes — e notícias como essa correm rápido. Os moradores da Rua Pernambuco acordaram com o rebuliço policial e agora comentam entre si sobre o ocorrido.
"É sempre a mesma história", me disse um comerciante da região que preferiu não se identificar. "A gente vê essas pessoas todos os dias, sabe que precisam de ajuda, e de repente acontece uma desgraça dessas."
E ele tem razão, sabe? Enquanto a polícia procura o responsável, fica aquela pergunta no ar: quantas tragédias como essa precisam acontecer antes que a gente encontre uma solução de verdade para o problema da população em situação de rua?
