
Imagina só: uma tarde aparentemente tranquila numa sorveteria de Várzea Grande, daquelas que a gente vai pra relaxar, transformada num pesadelo. Foi exatamente o que aconteceu com uma atendente de 21 anos nesta segunda-feira (26), por volta das 15h. Um cliente – que deveria estar preocupado apenas em escolher entre baunilha ou chocolate – cruzou completamente a linha.
O indivíduo, identificado como João da Silva, 42 anos, não contente em apenas pedir sua bola de sorvete, começou a fazer comentários absolutamente inapropriados. E não parou por aí. Partiu para investidas físicas, tocando a jovem de maneira totalmente indevida. Que absurdo, não?
A reação da vítima foi imediata – e corretíssima. Ela não se calou. Não deixou barato. Imediatamente acionou a polícia, enquanto outros clientes presentes, pasmos com a cena, tentavam conter o agressor. A situação era tensa, daquelas que deixam a gente sem ar.
A chegada da Polícia Militar foi rápida, graças a Deus. Eles prenderam o homem em flagrante delito, um alívio momentâneo num dia que certamente deixará marcas. João foi levado para a Central de Flagrantes, onde a delegada Tatielle de Arruda Cunha assumiu o caso.
E aqui vai um detalhe importante: a importunação sexual é crime, gente! Previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de prisão. Não é "brincadeira", não é "cantada inofensiva". É crime mesmo, daqueles que podem – e devem – terminar atrás das grades.
O que diz a lei?
Pra deixar bem claro: a importunação sexual se caracteriza por qualquer ato libidinoso praticado contra alguém sem sua consentimento. E sim, inclui esses avanços nojentos que muitas mulheres sofrem caladas no dia a dia. Mas essa, graças à coragem da vítima, não ficou calada.
O caso segue sob investigação, é claro. A polícia está apurando todos os detalhes, e o sujeito vai responder pelo que fez. Enquanto isso, a atendente recebe todo apoio necessário – pelo menos é o que esperamos.
Situações como essa me fazem pensar: até quando as mulheres vão ter que lidar com isso no próprio ambiente de trabalho? Até quando um simples sorvete vai ser estragado por comportamentos nojentos? A resposta é clara: até a gente não tolerar mais. Até a gente fazer como essa corajosa jovem: denunciar, não aceitar, não se calar.