
Era uma daquelas tardes quentes em Uberlândia quando o silêncio do bairro Chácaras Tubalina foi quebrado por gritos. Dona Maria, 72 anos, quase não acreditou quando viu o homem de boné puxar sua bolsa com força bruta. "Pensei que ia morrer ali mesmo", contou depois, ainda tremendo. Mas essa história teve um final diferente - graças a uma equipe policial que agiu feito relâmpago.
O meliante, que já estava na mira da polícia há semanas, cometeu o erro clássico: subestimou a tecnologia. Câmeras de segurança espalhadas pelo bairro flagraram não só seu rosto, mas todo o modus operandi. Ele agia sempre no mesmo horário, entre 14h e 16h, quando as ruas ficavam mais vazias. E sempre escolhia vítimas idosas - talvez achando que ofereceriam menos resistência.
A queda do bandido
Na última quarta-feira (14), o destino pregou uma peça no criminoso. Enquanto tentava fugir após mais um assalto, esbarrou em uma viatura que fazia ronda rotineira. Os policiais, alertados por chamadas simultâneas de vizinhos, reconheceram o suspeito na hora. "Ele até tentou inventar uma história, mas a descrição batia direitinho", relatou um dos agentes, que preferiu não se identificar.
Na mochila do indivíduo, a surpresa: além da bolsa roubada minutos antes, objetos pessoais de pelo menos outras três vítimas. "Isso aqui é trabalho de quem se especializou em causar medo", comentou o delegado responsável pelo caso, visivelmente irritado com a audácia do criminoso.
Reação da comunidade
O alívio no bairro foi palpável. Moradores que vinham vivendo sob tensão finalmente respiraram aliviados. "A gente ficava com medo até de sair para comprar pão", confessou seu Antônio, 68 anos, enquanto acariciava seu cachorro na varanda. A prisão serviu como alerta: a cidade não vai tolerar esse tipo de violência contra quem mais precisa de proteção.
O caso agora segue para a Justiça, mas já deixou lições. Primeiro: a importância dos vizinhos se unirem e ficarem atentos. Segundo: que ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei - nem mesmo quem acha que pode tirar proveito dos mais frágeis.