Era um dia comum no trânsito caótico de São Paulo — desses que a gente já nem estranha mais. Mas uma nova modalidade criminosa está transformando o simples ato de usar GPS no celular em uma armadilha perigosa. A tática é simplesmente genial na sua malandragem: os bandidos miram especificamente motoristas que deixam o smartphone visível, preso no painel.
O que acontece depois é quase um roteiro de filme policial. Do nada — e eu não tô exagerando — aparece um sujeito, quebra o para-brisa com um objeto contundente, e antes que você possa dizer "mas que diabos?!", seu precioso dispositivo some como mágica. Uma mágica caríssima, diga-se de passagem.
O Golpe Perfeito para a Era Digital
Parece que os criminosos finalmente descobriram que a maioria de nós não consegue mais viver sem aquela telinha mostrando o caminho. Eles se aproveitam justamente do fato de que, quando estamos dirigindo, nossa atenção está dividida. O barulho do vidro quebrando, o susto, a confusão — tudo isso cria o cenário perfeito para o roubo rápido.
E olha, não é coisa de um ou dois casos isolados não. As ocorrências já se espalharam por várias regiões da cidade. A delegada Mariana Castro, que está investigando esses casos, me contou algo que me deixou com os cabelos em pé: "Eles trabalham em grupo e escolhem vítimas aleatórias, mas sempre com o mesmo padrão — celular visível no painel".
Como se Proteger Dessa Arapuca Moderna
- Esconda o celular quando estiver parado no trânsito — parece óbvio, mas a gente sempre esquece
- Use o GPS com som e deixe o aparelho fora do campo visual — funciona quase tão bem
- Evite lugares escuros e prefira rotas mais movimentadas, especialmente à noite
- Mantenha os vidros fechados — outra dica que a gente sabe, mas nem sempre segue
O pior de tudo? Muitas vítimas só percebem que foram roubadas quando já é tarde demais. O susto do vidro quebrando é tão grande que a reação natural é sair do carro para ver o estrago — e aí, meu amigo, você já caiu na armadilha.
Um Alerta que Veio para Ficar
Perguntei para um especialista em segurança se isso era passageiro. A resposta não foi animadora: "Essa modalidade veio para ficar porque explora um vício moderno — nossa dependência dos smartphones". Triste, mas verdade.
E tem mais: os bandidos estão preferindo modelos mais caros, claro. iPhones, Samsungs top de linha — tudo que possa render uma grana rápida no mercado paralelo. Parece que até ladrão tem seu lado "connoisseur" de tecnologia.
O recado que fica? Na dúvida, melhor prevenir que remediar. Porque o preço do conserto do para-brisa mais o celular novo — sem contar o trauma — é uma conta que ninguém quer pagar.
