Era pra ser mais um dia normal nas ruas de Campinas. Mas o que deveria ser uma simples volta de moto se transformou num pesadelo de filme de terror — e tudo capturado por uma câmera de segurança que registrou cada segundo de pavor.
O caso aconteceu no Parque Dom Pedro II, região central da cidade, e mostra com detalhes assustadores os instantes após um motociclista ser atingido no pescoço por uma linha com cerol. A cena é daquelas que grudam na memória: o homem, ainda consciente, tentando se desvencilhar do fio que quase lhe ceifou a vida.
E olha que foi por um triz! Segundo testemunhas, o motociclista — cuja identidade não foi revelada — transitava tranquilamente quando o fio praticamente invisível o atingiu em cheio. A sorte? O impacto não foi fatal, mas deixou um rastro de sangue e desespero.
Os minutos seguintes ao ataque
Nas imagens, dá pra ver claramente a reação imediata de populares. Gritos, correria, gente tentando ajudar enquanto o homem, visivelmente assustado, mantém as mãos no pescoço tentando estancar o sangramento. Uma senhora, dona de um comércio local, foi uma das primeiras a socorrê-lo.
— Ele não conseguia falar direito, só olhava assustado — contou ela, ainda tremendo ao lembrar. — O fio estava fincado, parecia uma lâmina. Foi horrível.
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente e fez os primeiros socorros. A vítima foi levada consciente ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde passou por procedimentos de emergência. Os médicos disseram que o ferimento foi profundo, mas — incrivelmente — não atingiu artérias principais.
Cerol: a arma silenciosa que vira brincadeira de risco
Todo mundo sabe, ou deveria saber, que cerol não é brincadeira. A mistura de cola com vidro moído transforma linhas de pipa em verdadeiras armas cortantes — e olha, não é exagero. Em questão de segundos, o que era diversão vira tragédia.
E o pior: não é o primeiro caso na região. Só este ano, já foram registradas pelo menos três ocorrências similares em Campinas. Em uma delas, uma criança ficou gravemente ferida. Mas parece que a lição não é aprendida.
— É uma irresponsabilidade sem tamanho — desabafa um agente da CETTP que prefere não se identificar. — A gente fiscaliza, orienta, mas sempre tem quem insista nesse perigo.
E agora, o que fazer?
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Se forem identificados os responsáveis pela linha com cerol, podem responder por lesão corporal grave — e olha, a pena não é branda não.
Enquanto isso, o motociclista se recupera — com cicatrizes físicas e, com certeza, emocionais. E a cena, registrada em vídeo, serve de alerta cruel: cerol mata. E não adianta achar que "só acontece com os outros".
Campinas — e qualquer cidade — merece mais segurança. E pipa, que é pra ser símbolo de infância e alegria, não pode virar instrumento de tortura.
