
O caso que chocou o universo esportivo brasileiro finalmente chegou ao seu desfecho judicial. E que desfecho! Nove anos de prisão — é essa a pena imposta ao motociclista que atropelou a triatleta olímpica Luisa Baptista naquele fatídico dia 27 de março de 2022, em São Carlos.
Parece até coisa de filme, mas foi real: o tal do dolo eventual virou o centro das atenções no tribunal. Basicamente, o sujeito assumiu o risco de matar alguém quando decidiu pilotar daquele jeito. E aí, meu amigo, a coisa fica séria.
O dia que tudo mudou
Luisa treinava, como sempre fazia. Na contramão do bom senso, apareceu uma moto em alta velocidade. O impacto foi violento — daqueles que a gente nem quer imaginar. Fraturas múltiplas, traumatismo craniano... a carreira dela pendeu por um fio.
E sabe o que é mais absurdo? O cara nem parou pra ajudar. Sim, você leu certo: fugiu do local como se nada tivesse acontecido. Só foi identificado depois, graças a câmeras de segurança que capturaram toda a cena.
Dolo eventual: o que diabos é isso?
Ah, essa tal figura jurídica que muita gente nem conhece... O promotor Marcelo Nunes foi categórico: "Quando você dirige conscientemente de forma perigosa, assumindo as consequências, configura dolo eventual". Em português claro: o sujeito sabia que podia matar alguém, mas tocou o fodasse.
E a defesa tentou, viu? Alegou que não houve intenção. Mas a Justiça não comprou essa ideia — felizmente, diga-se de passagem.
As consequências que ninguém vê
Luisa perdeu as Olimpíadas de Tóquio. Perdeu contratos. Passou por incontáveis cirurgias. E a dor — essa companheira indesejada — segue com ela até hoje. "Foi como ter minha vida interrompida no meio do caminho", desabafou a atleta em depoimento.
O juiz Sérgio Mazzeu não teve dúvidas: além da prisão, determinou o pagamento de uma indenização que ainda será calculada. Justo, não acham?
E agora, o que esperar?
A defesa já anunciou que vai recorrer. Claro, né? Mas o caso já serve de alerta: dirigir com irresponsabilidade tem consequências graves. Muito graves.
Enquanto isso, Luisa segue na luta — tanto pela recuperação física quanto pela justiça. E São Carlos, essa cidade do interior paulista que respira esporte, nunca mais será a mesma depois desse triste episódio.