
Imagine uma cidade inteira — tipo Samambaia — funcionando um mês inteiro sem pagar um centavo de luz. Pois é, essa energia toda está sendo desviada por aí, e o pior: o número de "gatos" elétricos no DF deu um salto absurdo. Em apenas um ano, as ligações clandestinas quase dobraram, segundo dados da CEB.
O que os números revelam?
De julho de 2024 a julho de 2025, os casos registrados passaram de 4.500 para incríveis 8.200. Isso dá uma média de 22 novas fraudes por dia — sim, você leu certo. E olha que esses são só os que foram flagrados.
"É como se todo mundo resolvesse pular a catraca do metrô ao mesmo tempo", compara um técnico da companhia, que prefere não se identificar. A região administrativa com mais ocorrências? Ceilândia, seguida de perto por Samambaia e Taguatinga.
Quem paga a conta?
Aqui vai o pulo do gato (sem trocadilho): esse prejuízo acaba caindo no colo de quem usa energia direito. A CEB estima que as perdas anuais ultrapassem R$ 80 milhões — dinheiro que poderia estar melhorando a infraestrutura ou até reduzindo tarifas.
- Em 2024: 4.500 casos
- Em 2025: 8.200 casos (aumento de 82%)
- Energia desviada: equivalente a 30 mil residências/mês
E não pense que são só residências. Bares, igrejas e até pequenas indústrias aparecem na lista. "Tem lugar que gasta mais que shopping", revela um fiscal.
Como estão combatendo?
A CEB está usando drones e inteligência artificial para identificar os gatos — alguns tão bem feitos que parecem obra de eletricista profissional. Multas podem chegar a R$ 50 mil, mas o maior problema é a cultura da vantagem, como dizem os especialistas.
Enquanto isso, o cidadão comum fica no prejuízo duplo: paga a própria conta e ainda banca quem não paga. Uma situação que, convenhamos, não tem nada de energizante.