
Imagine acordar e descobrir que não há uma gota d'água na torneira. Foi exatamente isso que aconteceu com milhares de potiguares nesta sexta-feira, num daqueles problemas que parecem saídos de um pesadelo urbano.
O motivo? Uma verdadeira ação criminosa que paralisou todo o sistema de abastecimento da região Oeste do estado. Bandidos simplesmente cortaram e roubaram cabos elétricos essenciais — e olha que não foi pouco não. Estamos falando de aproximadamente 150 metros de cabos, gente!
O Estrago Concreto
A Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) confirmou o que todos já sentiam na pele: o furto aconteceu nas instalações do Sistema de Abastecimento de Água de Marcelino Vieira. E o timing não poderia ser pior — durante a madrugada de sexta-feira, quando a maioria da população dormia tranquilamente.
O resultado foi imediato e devastador. Sem energia, as estações de bombeamento simplesmente pararam de funcionar. E aí a água, claro, parou de correr.
Cidades Afetadas pela Crise Hídrica
- Marcelino Vieira (a mais impactada)
- Rafael Godeiro
- Antônio Martins
- Pau dos Ferros
- Água Nova
- Rafael Fernandes
- Francisco Dantas
- José da Penha
- Tenente Ananias
- Venha-Ver
- Luís Gomes
- Major Sales
- Paraná
- Encanto
- Riacho de Santana
Não é pouca coisa, né? Quase metade da região Oeste praticamente secou da noite para o dia.
A Corrida Contra o Tempo
Enquanto a população se vira nos 30 para conseguir água — tem gente usando baldes, garrafas pet, o que der — a CAERN entrou em modo emergência. Os técnicos trabalham contra o relógio para repor os cabos furtados e religar todo o sistema.
Mas cá entre nós: trocar 150 metros de cabos não é como trocar uma lâmpada queimada. É trabalho braçal, que exige equipamentos específicos e, claro, tempo. Muito tempo.
A previsão? O abastecimento só deve voltar ao normal no sábado (12), segundo a companhia. Até lá, é torcer e se virar com as reservas que cada um conseguiu fazer.
Um Problema que se Repete
O que mais revolta nessa história toda é que isso não é novidade. Roubo de cabos virou quase rotina no estado — e os criminosos parecem estar sempre um passo à frente. Eles sabem exatamente onde cortar para causar o máximo de estrago.
Enquanto isso, o cidadão comum que paga suas contas em dia fica refém dessa situação. Sem água para beber, cozinhar, tomar banho... coisas básicas, sabe?
A CAERN já acionou as autoridades, mas a sensação que fica é de que estamos sempre apagando incêndio. Quando resolvem um problema, outro aparece. E a população, claro, é quem sempre paga o pato.
Restabelecer a energia nas estações é apenas o primeiro passo. Depois vem a lentidão do retorno da água pelas tubulações — um processo que pode levar horas adicionais até que cada torneira volte a funcionar normalmente.
Enquanto isso, nas dezesseis cidades afetadas, a vida praticamente parou. Comércios fechados mais cedo, escolas com atividades suspensas, hospitais funcionando no modo emergência. Tudo porque alguém resolveu furtar alguns metros de cobre.
Pensando bem, talvez a palavra "furto" seja até branda demais para descrever o caos que uma ação dessas provoca.