
Uma mulher foi presa nesta semana suspeita de cometer abusos contra pacientes de uma clínica de reabilitação clandestina em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A ação policial ocorreu após denúncias de familiares e vizinhos, que relatavam maus-tratos e condições precárias no local.
Segundo as investigações, a clínica funcionava sem autorização e abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade, muitas delas dependentes químicos. A suspeita, identificada como a responsável pelo local, teria submetido os pacientes a tratamentos desumanos e agressões físicas e psicológicas.
Condições chocantes
Os agentes encontraram no local condições sanitárias deploráveis, com superlotação e falta de higiene básica. Alguns pacientes apresentavam sinais de desnutrição e ferimentos não tratados. "Era um cenário de total desrespeito à dignidade humana", afirmou um delegado envolvido no caso.
Operação policial
A prisão ocorreu durante uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público. Além da principal suspeita, outros envolvidos estão sendo investigados. A clínica foi interditada e os pacientes foram encaminhados para instituições regulamentadas.
Alerta para familiares
Autoridades alertam para a importância de verificar a regularidade de clínicas de reabilitação antes de internar parentes. "Muitas famílias, desesperadas, acabam recorrendo a locais irregulares que prometem tratamentos milagrosos", explica uma assistente social envolvida no caso.
O caso reacendeu o debate sobre a necessidade de maior fiscalização nesse tipo de estabelecimento e políticas públicas mais eficientes para o tratamento de dependentes químicos na região.