Era mais uma manhã comum nas cidades da região metropolitana de Fortaleza, mas a rotina de dois estabelecimentos aparentemente comuns estava prestes a ser interrompida de forma dramática. A Polícia Civil, agindo com precisão cirúrgica, colocou fim às atividades de dois desmanches que funcionavam completamente fora da lei.
Em Maracanaú, no bairro conhecido como Pajuçara, os policiais chegaram como um raio em céu azul. O que parecia ser apenas mais uma sucata escondia um esquema bem montado — ali, encontraram um carro que claramente tinha história para contar, e não das boas. Os números de chassi e motor? Alterados, é claro. Uma tentativa grosseira de apagar o passado criminoso do veículo.
Não foi só em Maracanaú que a casa caiu
Enquanto isso, em Caucaia, no distrito de Mirambé, a história se repetia. Os agentes chegaram encontrando dois homens — um de 38, outro de 41 — no meio do serviço sujo. E o serviço era literalmente desmontar um veículo que, convenhamos, não devia estar ali. As ferramentas? Todas apreendidas, é claro. Quem trabalha com o que não deve, perde até as ferramentas do ofício.
Os três homens presos — sim, três ao todo — agora respondem por receptação qualificada. E olha, qualificada mesmo, porque receber coisa roubada já é feio, mas montar esquema organizado para isso é pior ainda. A delegada Danielle Aguiar, que coordenou a operação, foi direta ao ponto: esses lugares eram focos de criminalidade, desmanchando carros roubados e alimentando um ciclo vicioso de violência.
O que a polícia apreendeu?
- Um veículo com identificação completamente adulterada em Maracanaú
- Ferramentas especializadas usadas para desmontar veículos ilegalmente
- Dois homens flagrados em plena atividade criminosa
- E, claro, a tranquilidade de saber que mais dois focos de ilegalidade foram fechados
É impressionante como esses lugares funcionavam à luz do dia, não é mesmo? Dois estabelecimentos que, nas palavras da polícia, não tinham nenhuma — repito, nenhuma — autorização para funcionar. Nem municipal, nem estadual, muito menos federal. E pensar que algumas pessoas ainda questionam o trabalho da polícia...
A operação faz parte daquelas ações que não aparecem tanto nos jornais, mas que fazem uma diferença danada no dia a dia da população. Cada desmanche fechado é menos combustível para o crime organizado. Menos carros roubados sendo desmontados, menos peças ilegais circulando no mercado, menos dinheiro indo para as mãos erradas.
Os presos já passaram pela delegacia e, a menos que tenham um advogado muito bom — o que eu duvido —, vão conhecer o sistema prisional cearense mais de perto. Enquanto isso, a população da Grande Fortaleza pode respirar um pouquinho mais aliviada. Dois pontos de criminalidade a menos na região — e isso, convenhamos, já é uma grande vitória.
