O Ministério Público de São Paulo acionou a Justiça com um pedido de prisão preventiva contra um homem de 20 anos, acusado de participar ativamente do encobrimento do cadáver de Kauanny Lays, estudante trans de 22 anos. O crime ocorreu em São José do Rio Preto, interior paulista, e tem revoltado a comunidade local.
Participação direta no crime
De acordo com as investigações, o suspeito teria auxiliado seu próprio namorado e um policial militar a transportar e ocultar o corpo da vítima. A denúncia do MP aponta que ele não apenas tinha conhecimento do homicídio, como também forneceu ajuda logística para que o crime fosse encoberto.
"Ele teria ajudado a colocar o corpo em um carro e participado do transporte até o local onde foi abandonado", revelam documentos do caso.
Cronologia dos fatos
- Kauanny Lays foi assassinada no dia 14 de outubro
- O corpo foi transportado e abandonado em área rural
- As investigações identificaram três envolvidos no encobrimento
- MP entra com pedido de prisão preventiva do terceiro suspeito
Rede de encobrimento
O caso ganhou contornos ainda mais graves com a revelação de que um policial militar estaria entre os envolvidos. Segundo as provas colhidas, o PM teria usado sua posição para facilitar o transporte do corpo e tentar evitar a descoberta do crime.
"A participação de um agente de segurança pública no encobrimento de um homicídio é particularmente grave e demonstra total desrespeito às instituições", destacou representante do Ministério Público.
Repercussão e justiça
A morte de Kauanny Lays tem mobilizado movimentos sociais e a comunidade LGBTQIAP+ da região, que exigem justiça e o esclarecimento completo do caso. A prisão do terceiro envolvido é considerada crucial para desvendar toda a rede de encobrimento.
O pedido de prisão preventiva agora aguarda análise judicial, enquanto as investigações continuam para apurar possíveis outros envolvidos ou motivações ainda não esclarecidas.