Diretor do Iteracre é Detido com Arma Ilegal e Acusado de Ameaçar Delegado em Rio Branco
Diretor do Iteracre preso por arma ilegal e ameaças

O que parecia ser mais uma sexta-feira comum em Rio Branco rapidamente se transformou em um daqueles casos que deixam todo mundo de cabelo em pé. Na verdade, quem diria que um cargo de direção num instituto público poderia esconder uma história tão conturbada?

Pois é, a Polícia Civil do Acre prendeu em flagrante nessa sexta-feira (11) ninguém menos que o diretor-presidente do Iteracre, José Raimundo Rodrigues Lima. E olha que o motivo não foi nada simples — a coisa é séria mesmo.

A operaçãо que ninguém esperava

Por volta das 10h da manhã, os policiais chegaram à residência do diretor munidos com um mandado de busca e apreensão. E não é que encontraram uma pistola ponto 380 — dessas que deixam qualquer um arrepiado — sem qualquer tipo de registro? A arma estava lá, quietinha, mas sem documentação que justificasse sua posse.

Mas calma que a história fica ainda mais complicada. Durante as buscas, os investigadores descobriram algo que, francamente, parece saído de roteiro de filme: áudios onde o próprio diretor fazia ameaças contra um delegado da Polícia Civil. Sim, você leu direito — ameaças a um delegado!

As ameaças que mudaram tudo

Os tais áudios, segundo as investigações, continham mensagens bastante pesadas. Em um deles, José Raimundo chega a afirmar que "ia dar um jeito" no delegado. Não é difícil imaginar o clima de tensão que isso criou, né?

O delegado ameaçado, que tem seu nome preservado por questões de segurança, já havia registrado ocorrência sobre o caso. Imagina a coragem necessária para seguir com o trabalho sabendo que está na mira de alguém?

E pensar que tudo isso partiu de um homem que ocupa um cargo de tanta responsabilidade no Iteracre — o Instituto de Terras do Acre. A ironia é de doer.

Duas frentes, um só problema

O caso ganhou contornos ainda mais complexos porque envolve dois crimes distintos, mas igualmente graves. De um lado, a posse ilegal de arma de fogo — que por si só já é algo bastante preocupante. Do outro, as ameaças contra um servidor público que, convenhamos, demonstram um nível de audácia que beira o inacreditável.

José Raimundo agora responde pelos dois artigos do Código Penal. A posse ilegal pode render até quatro anos de detenção, enquanto as ameaças têm pena de um a seis meses — ou multa, dependendo da interpretação do juiz.

O que me deixa pensando: será que ele imaginou que as coisas chegariam a esse ponto?

O que diz a defesa?

Até o momento, não há informações sobre a versão do diretor ou de seus advogados. É daquelas situações onde a gente fica na expectativa para ouvir o outro lado da história, mas algo me diz que explicar os áudios não vai ser tarefa fácil.

O caso segue sob investigação, é claro. E algo me diz que ainda vamos ouvir falar muito sobre esse episódio — principalmente considerando os cargos envolvidos.

Enquanto isso, em Rio Branco, a pergunta que não quer calar: quantos segredos ainda estão por trás das portas dos gabinetes públicos? Só o tempo — e as investigações — poderão responder.