
Parece que os golpistas estão mais criativos do que nunca — e o cenário das compras online virou um verdadeiro campo minado. Dados recentes mostram que as reclamações por propaganda enganosa no comércio eletrônico brasileiro explodiram: um salto de quase 90% em apenas um ano. É como se, a cada minuto, alguém estivesse caindo na lábia de anúncios que prometem ouro e entregam... bem, nem sempre o que deveriam.
Os números que assustam
De janeiro a maio deste ano, os órgãos de defesa do consumidor já registraram mais de 15 mil queixas relacionadas a publicidades duvidosas na internet. No ano passado inteiro? Foram pouco mais de 8 mil. A matemática é simples — e preocupante.
"É o efeito dominó da pandemia", explica a especialista em direito digital Marina Rocha. "Com mais gente comprando online, os golpistas viram um filão. E estão usando técnicas cada vez mais sofisticadas."
Os golpes mais comuns
- Produto que nunca chega: a velha história do "compre agora e receba em 5 dias" que vira meses de espera (e desespero)
- Diferença brutal entre anúncio e realidade: aquela camiseta que parecia de algodão egípcio e chega feita de... sei lá o quê
- Descontos milagrosos: 90% off em produtos de luxo? Hmm, desconfie
E o pior? Muitas vezes, as plataformas nem sabem que estão abrigando esses vendedores — ou fingem não saber. "É um jogo de gato e rato", comenta o advogado consumerista Carlos Mendes, enquanto toma seu café expresso (de verdade, não daqueles em pó que prometem ser gourmet).
Como não cair na armadilha
Antes de clicar em "comprar", respire fundo e faça o seguinte:
- Leia os comentários — mas com olhos críticos. Avaliações só com 5 estrelas? Cheira a fraude
- Pesquise o vendedor fora da plataforma. Nome + "reclame aqui" no Google pode salvar seu dinheiro
- Desconfie de preços absurdamente baixos. Se parece bom demais pra ser verdade, provavelmente é
Ah, e nunca — repito, NUNCA — faça pagamentos por transferência direta ou métodos alternativos. "Isso é praticamente jogar dinheiro no lixo", alerta Mendes, com aquele tom de quem já viu muita gente se arrepender amargamente.
O Procon já está de olho nessa onda de golpes, mas a verdade é que a melhor defesa ainda é o consumidor bem informado. Ou como diria minha avó: "O barato sai caro, meu filho". E no mundo digital, essa máxima nunca fez tanto sentido.