
Era uma terça-feira comum no Distrito Federal até que um simples caso de cobrança virou pesadelo. O que começou como uma dívida de valor modesto — coisa de quem esquece a carteira em casa — terminou nos tribunais com direito a ameaças dignas de filme de suspense.
O vendedor, cujo nome a gente omite pra não dar ibope, cruzou todos os limites. Não contente em ligar 15 vezes por dia (sim, alguém contou), resolveu inovar na criatividade do assédio:
- Exposição pública nas redes sociais — como se o cliente fosse um foragido da Interpol
- Mensagens com tom de ultimato que fariam um agiota corar
- Ameaças veladas de "consequências" se o pagamento não viesse "hoje mesmo"
Parece roteiro de novela das nove, mas aconteceu de verdade no Plano Piloto. A vítima, um microempreendedor local, quase teve um treco quando viu seu nome circulando em grupos de WhatsApp como devedor contumaz.
O estrago estava feito
Não bastasse o constrangimento, o prejuízo veio em dobro. O rapaz perdeu dois clientes importantes que acreditaram na farsa. "Fiquei com fama de caloteiro sem dever um centavo", contou ele ao G1, ainda visivelmente abalado.
O juiz não só condenou o cobrador por danos morais — valor que não revelaremos pra não influenciar futuras ações — como ainda deu uma aula sobre o que não se faz na hora de cobrar dívidas:
- Expor a situação publicamente? Proibido.
- Usar linguagem intimidatória? Jamais.
- Inventar consequências jurídicas inexistentes? Crime.
Pra piorar, o réu ainda tentou se fazer de vítima no tribunal. Alegou "pressão da empresa" e "metas abusivas", como se isso justificasse transformar a vida alheia num inferno. O magistrado, é claro, não comprou a desculpa esfarrapada.
E agora, José?
Se você tá lendo isso e se identificou, anota aí:
Especialistas ouvidos pelo G1 lembram que existem n formas legais de resolver essas pendengas. Desde a mediação no Procon até ações judiciais civilizadas — sem drama, sem vexame, sem ameaças.
E pra quem acha que "um desabafo no Facebook" não dá em nada: o processo tá aí pra provar o contrário. Na era digital, até um stories maldoso pode custar caro. Muito caro.