
Era pra ser mais um dia comum nas ruas de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Mas pra um homem sem-teto, virou um pesadelo que durou 30 longos dias. Preso por um crime que não cometeu, ele só conseguiu provar sua inocência quando já estava atrás das grades.
O caso – que parece saído de um roteiro de filme policial mal escrito – começou quando o homem foi acusado de furtar objetos de um estabelecimento comercial. Sem direito a um bom advogado e com poucas chances de se defender, ele foi direto para a cadeia.
O que deu errado?
Detalhes cruciais foram ignorados. As imagens de segurança? Mostravam outro indivíduo. As testemunhas? Confusas sobre o que realmente viram. Mas o sistema seguiu seu curso implacável, engolindo mais uma vítima.
"É revoltante", comenta um advogado que acompanhou o caso. "Quando o cliente não tem recursos, a justiça vira uma loteria. E desta vez, o prêmio foi uma cela superlotada."
O desfecho
Depois de quase um mês – tempo suficiente pra perder o pouco que tinha na rua – novas provas surgiram. Um vídeo claro, testemunhas revendo seus depoimentos... Tarde demais. O estrago já estava feito.
O Ministério Público, pressionado, acabou reconhecendo o erro. Mas convenhamos: "ops, nos enganamos" não devolve 30 dias de liberdade roubados.
E agora? O homem tenta recomeçar do zero, enquanto o verdadeiro ladrão continua solto. Ironia ou só mais um dia no Brasil?