Justiça do RJ ignora delação de Ronnie Lessa e condena ex-vereador por homicídio
Justiça do RJ ignora delação e condena ex-vereador

Em uma decisão que surpreendeu o meio jurídico, a Justiça do Rio de Janeiro manteve a condenação do ex-vereador Jorge Alberto da Silva Moreira, conhecido como Jorge Braz, pelo homicídio do ex-subtenente da Polícia Militar Maxwell Simões Corrêa. O caso ganhou destaque por contrariar a delação premiada de Ronnie Lessa, ex-PM e um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.

Delação ignorada

Apesar de Ronnie Lessa ter afirmado em sua colaboração que Jorge Braz não participou do crime, o Tribunal de Justiça do RJ considerou outras provas do processo suficientes para confirmar a condenação. A decisão foi unânime entre os desembargadores da 7ª Câmara Criminal.

Detalhes do crime

O assassinato ocorreu em 2014, quando Maxwell foi executado com 12 tiros em frente à sua casa, na Zona Oeste do Rio. As investigações apontaram que o crime teria sido encomendado por Jorge Braz, então vereador, devido a uma suposta dívida de R$ 80 mil relacionada a jogos ilegais.

Repercussão jurídica

O caso levanta questões sobre o peso das delações premiadas no sistema judicial brasileiro. Especialistas destacam que, embora importantes, essas colaborações não podem ser consideradas como única prova em processos criminais.

A defesa de Jorge Braz já anunciou que irá recorrer da decisão, alegando inconsistências nas provas apresentadas.