
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) está investigando um suposto esquema de entrada de celulares em presídios da região norte do estado. De acordo com as investigações, um funcionário da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) estaria envolvido na entrega dos aparelhos.
As apurações indicam que o funcionário, cuja identidade não foi divulgada, teria facilitado a entrada dos dispositivos em pelo menos três unidades prisionais. Os celulares, segundo o MP, seriam utilizados por detentos para manter contato com facções criminosas.
Operação de combate ao crime organizado
O caso veio à tona durante uma operação maior contra o crime organizado na região. As investigações mostram que os aparelhos eram entregues durante visitas supostamente autorizadas e que o esquema funcionava há meses.
"Estamos diante de um grave caso de violação da segurança prisional", afirmou um representante do MP-RS. "A entrada de celulares nos presídios é uma das principais formas de manutenção das atividades criminosas de dentro das penitenciárias".
Possíveis ligações com facções
As investigações apontam que os celulares podem estar ligados a uma facção criminosa que atua no norte do estado. Os aparelhos seriam usados para coordenar atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas e organização de rebeliões.
A APAC, organização responsável pela ressocialização de presos, afirmou que está colaborando com as investigações e que tomará as medidas cabíveis caso a participação do funcionário seja confirmada.
O caso pode resultar em ação penal contra o servidor e em revisão dos protocolos de segurança nas unidades prisionais da região.