A Justiça do Amazonas decidiu manter a prisão de uma mulher que se passava por médica e atendia crianças com doenças graves em Manaus. O caso, que chocou a região, foi parar nos tribunais após denúncias de familiares e investigações policiais.
A falsa profissional da saúde foi presa em flagrante após ser descoberta durante uma operação da polícia. Ela atendia em uma clínica improvisada e aplicava tratamentos sem qualquer qualificação ou autorização.
Riscos à saúde das crianças
Segundo as investigações, a mulher atendia principalmente crianças com condições graves, colocando suas vidas em risco com procedimentos inadequados. Muitos pais, desesperados por tratamento, acreditavam em sua falsa identidade.
Autoridades de saúde alertam que casos como esse podem levar a complicações irreversíveis ou até mesmo à morte. "É um crime que vai além da falsidade ideológica, é uma ameaça direta à vida", afirmou um representante do Conselho Regional de Medicina.
Reação da Justiça
O juiz responsável pelo caso destacou a gravidade dos fatos ao decidir pela manutenção da prisão. "Há elementos concretos que demonstram o perigo à sociedade e a necessidade de manter a acusada sob custódia", disse em sua decisão.
A defesa tentou recorrer pedindo liberdade, mas a Justiça manteve a prisão preventiva. O caso agora segue para fase de instrução, onde serão ouvidas testemunhas e analisadas provas.
Alerta para a população
Autoridades de saúde aproveitaram o caso para reforçar a importância de verificar a qualificação de profissionais médicos. "Sempre exijam ver o CRM e confiram sua validade no site do conselho", orientou um representante da vigilância sanitária.
O caso também reacendeu debates sobre a necessidade de maior fiscalização em clínicas e consultórios, especialmente em regiões com menor acesso à saúde pública de qualidade.
