A defesa do magnata do hip-hop Sean "Diddy" Combs entrou com um pedido formal para sua libertação imediata. Os advogados buscam reverter a sentença de 50 meses de prisão à qual ele foi condenado, alegando que a punição foi desproporcional.
Recurso questiona fundamentos da condenação
Segundo a equipe jurídica do artista, a natureza dos atos pelos quais ele foi condenado não seria criminal. A advogada Alexandra Shaphiro afirmou que a decisão da Justiça foi "injusta, inconstitucional e uma perversão da Justiça". O pedido solicita que Combs seja liberado ou, alternativamente, que receba uma nova sentença.
O recurso, de 84 páginas, foi apresentado ao Tribunal de Apelações do Segundo Circuito dos Estados Unidos. O documento argumenta que o juiz distrital, ao sentenciar Combs, baseou-se em conclusões próprias sobre as vítimas – como terem sido "coagidas", "exploradas" e "forçadas" – que não foram comprovadas pelo júri durante o julgamento.
Detalhes da sentença e acusações
Em outubro, Sean Combs foi sentenciado a quatro anos e dois meses de prisão, seguidos de cinco anos de liberdade condicional. Ele também foi obrigado a pagar uma multa de US$ 500 mil. A condenação foi por duas acusações de transporte para fins de prostituição, envolvendo duas ex-namoradas.
Durante o mesmo julgamento, o rapper foi absolvido de crimes mais graves, como conspiração para extorsão e tráfico sexual. No entanto, ele ainda responde a outros processos civis pendentes, que incluem alegações de agressão sexual, estupro e exploração sexual.
Contexto atual e próximos passos
Atualmente, Sean "Diddy" Combs cumpre a pena na instituição correcional federal em Fort Dix, Nova Jersey, para onde foi transferido no final de outubro. Este novo recurso representa a mais recente tentativa de sua defesa para reduzir a pena ou anular a condenação.
Os advogados criticaram veementemente a atuação do magistrado, escrevendo no recurso: "Ele está preso hoje, cumprindo uma pena de 50 meses, porque o juiz distrital atuou como um décimo terceiro jurado". A batalha legal continua enquanto a defesa insiste na revisão do caso.