
Parece que tem lugar em Juiz de Fora que insiste em nadar contra a maré. Dessa vez, a cena se repete: um bar no São Mateus acabou de receber o segundo puxão de orelha das autoridades em tempo recorde. Menos de um mês separa a primeira da segunda interdição — e olha que a coisa é séria.
A fiscalização, que voltou ao local na última segunda-feira, encontrou um verdadeiro festival de problemas. A gente até se pergunta: será que não aprenderam da primeira vez? Entre as falhas mais gritantes estava a falta da bendita licença da vigilância sanitária, documento básico pra qualquer estabelecimento que mexe com alimentação.
O que deu errado — de novo
A lista de irregularidades encontradas pela equipe da Secretaria de Saúde é daquelas que dão arrepio. Além da papelada em falta, o lugar operava sem alvará de funcionamento, algo fundamental pra provar que está tudo dentro das normas. Mas tem mais, e pior:
- Controle de pragas? Zero. Nada de comprovação de desratização ou desinsetização
- Estoque de produtos de limpeza guardado junto com alimentos — um risco imenso de contaminação
- Falta de higiene generalizada, da cozinha ao atendimento
O pior de tudo é que essas mesmas falhas já tinham sido apontadas na visita anterior. Parece aquela história de "entra por um ouvido e sai pelo outro", só que com consequências reais para a saúde pública.
O que acontece agora?
O estabelecimento, que fica na Rua São Dimas, não pode funcionar enquanto não se regularizar. E dessa vez, a vigilância sanitária está de olho — e como! Eles já avisaram que vão manter a fiscaliação apertada, sem dar tréguas.
Pra reabrir, o dono do bar vai ter que correr atrás do prejuízo e resolver todos os problemas de uma vez. E olha, não vai ser rápido: tem que apresentar laudo de controle de pragas, organizar o estoque, limpar tudo nos conformes e, claro, tirar toda a documentação que falta.
O que me preocupa — e deve preocupar qualquer morador da região — é como um lugar consegue repetir os mesmos erros em tão pouco tempo. Será descaso? Falta de recursos? Ou simplesmente achar que não iam voltar a fiscalizar?
Enquanto isso, os clientes frequentes do bar ficam na mão. E a população fica naquela: confiar na fiscalização ou torcer para que, dessa vez, a lição seja aprendida de verdade.