
O xamã e líder Yanomami, Davi Kopenawa, expressou profunda tristeza com a morte do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, falecido aos 80 anos. Em um emocionado depoimento, Kopenawa destacou a amizade e o respeito que Salgado nutria pelos povos da floresta.
"Ele não era apenas um fotógrafo, era um amigo. Suas imagens mostraram ao mundo a beleza e a resistência dos Yanomami e de outros povos indígenas", afirmou o líder indígena.
Um legado de luta e beleza
Sebastião Salgado dedicou parte de sua carreira a documentar a vida na Amazônia, criando imagens icônicas que sensibilizaram o mundo para a causa ambiental e indígena. Seu trabalho mais recente, "Amazônia", foi um tributo visual à riqueza da floresta e seus habitantes.
Impacto além das lentes
Além de seu trabalho fotográfico, Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado, fundaram o Instituto Terra, organização que já replantou mais de 2 milhões de árvores na Mata Atlântica. "Sua obra nos ensinou que a fotografia pode ser uma ferramenta poderosa de transformação", completou Kopenawa.
A morte de Sebastião Salgado deixou não apenas o mundo da arte em luto, mas também as comunidades indígenas que encontravam nele um aliado na preservação de seus territórios e culturas.