
Uma mulher trans foi vítima de discriminação ao ser impedida de acessar o banheiro feminino em um estabelecimento comercial no Recife, Pernambuco. Segundo relatos, a vítima foi confundida com um homem e barrada por seguranças, mesmo apresentando documentos que comprovam sua identidade de gênero.
O caso ocorreu na última terça-feira (27) e gerou revolta nas redes sociais. A vítima, que preferiu não se identificar, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Homofóbicos (DCH) da capital pernambucana.
Como denunciar casos de LGBTfobia
No Brasil, a discriminação contra pessoas LGBT+ é crime desde 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a homofobia e a transfobia ao crime de racismo. Veja como proceder em casos de violação de direitos:
- Registre um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou na DCH mais próxima
- Documente o caso com fotos, vídeos e testemunhas, quando possível
- Acione o Disque Direitos Humanos (Disque 100) para denúncias anônimas
- Busque apoio jurídico em organizações de defesa dos direitos LGBT+
Impacto psicológico da discriminação
Especialistas alertam que situações de humilhação pública como esta podem causar graves danos à saúde mental da vítima. "A negação do direito básico de usar o banheiro correspondente à identidade de gênero é uma violência que reforça a exclusão social", explica a psicóloga Marina Silva, especialista em diversidade.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de capacitação de profissionais de segurança e atendimento ao público para lidar com questões de gênero e diversidade.