
O Ministério das Mulheres emitiu uma nota oficial classificando como "grave, absurdo e misógino" o tratamento dado à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por parte de parlamentares. O órgão do governo federal repudiou veementemente as declarações feitas por deputados e senadores durante debates recentes sobre políticas ambientais.
Segundo o ministério, os ataques pessoais sofridos pela ministra ultrapassam o limite da crítica política e adentram no terreno da violência de gênero. "Não se trata de discordância ideológica, mas de um claro desrespeito à figura pública de uma mulher que ocupa um cargo de destaque", afirma o texto.
Contexto da polêmica
A crise começou após Marina Silva defender mudanças na legislação ambiental, proposta que enfrenta resistência de setores do agronegócio no Congresso. Durante as discussões, parlamentares usaram termos pejorativos e questionaram publicamente a competência da ministra.
Entre as falas mais criticadas estão:
- Comparações da ministra com figuras históricas controversas
- Questionamento de sua trajetória política
- Uso de linguagem claramente depreciativa
Repercussão política
O posicionamento do Ministério das Mulheres recebeu apoio imediato de organizações feministas e de direitos humanos. Especialistas em gênero e política alertam que esse tipo de comportamento cria barreiras para a participação feminina em cargos de poder.
Enquanto isso, a oposição no Congresso minimiza o episódio, classificando-o como "mero debate político". A controvérsia ocorre em um momento delicado para o governo, que tenta avançar com sua agenda ambiental sem perder apoio parlamentar.