Justiça obriga UNIR a reconvocar quilombolas com matrícula negada em processo seletivo
Justiça obriga UNIR a reconvocar quilombolas

Em uma decisão que reforça os direitos das comunidades tradicionais, a Justiça Federal determinou que a Universidade Federal de Rondônia (UNIR) reconvoque estudantes quilombolas que tiveram suas matrículas indevidamente negadas em um processo seletivo recente.

A ação judicial foi movida após denúncias de que a universidade havia descumprido as cotas destinadas a comunidades quilombolas, prejudicando candidatos que cumpriram todos os requisitos para ingresso.

O que motivou a decisão judicial?

De acordo com documentos apresentados no processo, a UNIR alegou falta de vagas para justificar a negação das matrículas. No entanto, a Justiça considerou que a universidade não apresentou provas concretas para sustentar essa alegação, caracterizando uma violação aos direitos dos candidatos quilombolas.

Impacto social da decisão

Especialistas em direitos humanos destacam que a decisão é um marco importante para a garantia de acesso à educação superior por comunidades tradicionais. "Esse caso exemplifica a necessidade de fiscalização constante na aplicação das políticas de cotas", afirmou uma representante de organizações quilombolas.

Próximos passos

A UNIR agora terá que:

  • Emitir novas convocações para os estudantes afetados
  • Garantir o direito à matrícula imediata
  • Apresentar um plano de correção para evitar novos casos semelhantes

O prazo para cumprimento da decisão é de 15 dias, sob pena de multa diária por descumprimento.