
Uma jovem negra de Maceió viralizou nas redes sociais ao relatar ter sido demitida após usar tranças no cabelo no ambiente de trabalho. O caso, que ocorreu em uma empresa da capital alagoana, reacendeu o debate sobre discriminação racial e a liberdade de expressão cultural no mercado profissional.
Segundo a vítima, que preferiu não se identificar, a demissão ocorreu poucos dias após ela aparecer no trabalho com o novo penteado. "Me disseram que o visual não era 'adequado' para o ambiente corporativo", relatou a jovem em vídeo emocionado que circulou nas redes.
Repercussão e indignação
O caso gerou revolta nas redes sociais, com usuários destacando que as tranças fazem parte da cultura e identidade negra. Especialistas em direito trabalhista afirmam que a demissão pode configurar discriminação racial, crime previsto na legislação brasileira.
O que diz a lei?
A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbem qualquer forma de discriminação no ambiente de trabalho, incluindo aquela baseada em características físicas ou culturais. Empresas que praticam esse tipo de atitude podem sofrer ações judiciais e multas.
Empresa se pronuncia
Procurada, a empresa envolvida no caso afirmou que a demissão "não teve motivação racial" e que está aberta ao diálogo. No entanto, não apresentou justificativas concretas para a dispensa da funcionária.
O Ministério Público do Trabalho em Alagoas informou que está acompanhando o caso e pode abrir investigação para apurar possíveis violações dos direitos trabalhistas.