Em um bairro nobre de Fortaleza, um grupo de idosas está enfrentando uma batalha desigual contra uma grande construtora que pretende demolir suas casas para construir um empreendimento de luxo. Essas mulheres, muitas com mais de 80 anos, vivem no local há décadas e se recusam a abandonar seus lares.
A construtora alega ter adquirido os terrenos legalmente e ofereceu indenizações às moradoras, mas os valores são considerados insuficientes para comprar um imóvel em outra área equivalente. "Aqui temos nossas histórias, nossas memórias. Não queremos dinheiro, queremos ficar em nossas casas", desabafa uma das residentes.
Comunidade se mobiliza
Vizinhos e ativistas sociais têm se unido para apoiar as idosas. Protestos pacíficos e abaixo-assinados estão sendo organizados para pressionar as autoridades a intervir no caso. "É uma questão de dignidade humana. Essas senhoras não podem ser simplesmente removidas como se fossem obstáculos ao progresso", afirma um líder comunitário.
Impacto social
O caso tem gerado debates sobre os direitos dos idosos e o processo de gentrificação em Fortaleza. Especialistas apontam que situações como esta se tornaram frequentes em bairros valorizados, onde construtoras buscam áreas para empreendimentos de alto padrão.
Enquanto isso, as idosas seguem firmes em sua decisão. "Vamos lutar até o fim. Esta é nossa casa e não vamos sair", declara uma das moradoras, cercada por fotos de família e lembranças de uma vida inteira no mesmo endereço.
