
Passado um ano das históricas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, os centros humanitários que acolheram milhares de desabrigados estão com os dias contados. Até o final de maio, esses espaços de assistência emergencial serão desativados, marcando o fim de um ciclo de apoio às vítimas da maior tragédia climática do estado.
O legado dos abrigos temporários
Desde maio de 2024, quando as águas subiram sem precedentes, esses centros funcionaram como verdadeiros oasis de solidariedade. Foram mais de 180 dias oferecendo:
- Abrigo seguro para famílias inteiras
- Alimentação diária
- Assistência médica básica
- Apoio psicológico
- Distribuição de donativos
O desafio da transição
Com o fechamento iminente, autoridades destacam que 72% das famílias já foram realocadas em moradias temporárias ou retornaram às suas residências após reformas. Porém, cerca de 800 pessoas ainda dependem desses espaços coletivos.
"Estamos trabalhando em soluções individuais para cada caso remanescente", afirma o secretário estadual de Assistência Social, garantindo que ninguém ficará desamparado.
O que vem pela frente?
O encerramento dos centros humanitários coincide com o início da segunda fase do plano de reconstrução, que prevê:
- Entrega de 1.200 unidades habitacionais até dezembro
- Ampliação do programa de aluguel social
- Recuperação de infraestrutura básica nas áreas afetadas
Dados alarmantes: Estima-se que as enchentes tenham deixado mais de 50 mil desabrigados em 75 municípios gaúchos, com prejuízos que ultrapassam R$ 10 bilhões.