
Não foi um dia qualquer na movimentada região de Salvador. Por volta das 10h da manhã, o que deveria ser uma caminhada rotineira se transformou em um pesadelo para uma mulher de 32 anos. Um indivíduo, que parecia estar à espreita, a abordou de forma agressiva perto de um ponto de ônibus.
Segundo relatos, o sujeito — que mais tarde seria identificado como João da Silva, 28 anos — tentou arrastá-la para um local mais isolado. A vítima, que prefere não ter o nome divulgado, não ficou parada. "Eu comecei a gritar e a me debater como uma louca", contou ela, ainda visivelmente abalada. "Ele não esperava por essa reação."
A reação que mudou tudo
Os gritos chamaram a atenção de um grupo de trabalhadores que estava nas proximidades. Ao perceber que a situação estava ficando feia, o agressor tentou fugir, mas não conseguiu ir longe. Um dos homens que ouviu os gritos conseguiu segurá-lo até a chegada da polícia.
— Foi tudo muito rápido — relatou um dos socorristas. — A coragem dela fez toda a diferença. Se tivesse entrado em pânico, o desfecho poderia ter sido outro.
O que diz a polícia
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o suspeito já tinha passagem pela polícia por outros crimes, mas nada relacionado a violência sexual. "Estamos investigando se ele agiu sozinho ou se faz parte de alguma rede", adiantou o delegado, que preferiu não se identificar.
O caso reacendeu o debate sobre a segurança das mulheres na cidade. Nos últimos três meses, Salvador registrou um aumento de 15% nos casos de assédio e violência sexual em vias públicas, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
Enquanto isso, a vítima tenta retomar a rotina, mas admite que ainda sente medo. "Agora eu olho para trás o tempo todo", desabafou. "Ninguém deveria viver assim."