Um crime chocou a capital do Tocantins na última semana. Dhemis Augusto Santos, de 35 anos, vigilante de um shopping da quadra 203 Sul, em Palmas, foi assassinado a tiros após uma discussão banal sobre o local de estacionamento de um carro de luxo. O principal suspeito, Waldecir José de Lima Júnior, segue foragido, enquanto a polícia busca por pistas sobre seu paradeiro.
O crime que começou com uma discussão por estacionamento
O assassinato ocorreu no dia 29 de novembro, dentro das dependências do shopping. De acordo com as informações policiais, a tragédia teve início quando Waldecir, dirigindo uma Range Rover Evoque, estacionou em local irregular e atingiu uma baliza sinalizadora. O vigilante Dhemis, cumprindo sua função, abordou o motorista para adverti-lo sobre a infração.
A discussão entre os dois escalou rapidamente. Câmeras de monitoramento do estabelecimento registraram o momento tenso. Nas imagens, é possível ver Waldecir gesticulando, sacando uma pistola da cintura e apontando a arma para o rosto de Dhemis. Em seguida, ele efetuou um disparo que atingiu o vigilante no abdômen. Mesmo após o tiro, o suspeito continuou a ameaçar a vítima, conforme registrado no circuito interno.
A busca pelo suspeito e a apreensão da arma
O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP). No dia 1° de dezembro, a Polícia Civil divulgou um cartaz de procurado com a foto de Waldecir, mas ainda não há informações concretas sobre onde ele possa estar. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) fez um apelo à população para que forneça qualquer informação que possa levar à localização do investigado.
Um desenvolvimento importante no caso aconteceu na quarta-feira, 3 de dezembro. A defesa do suspeito, liderada pelo advogado Zenil Drumond, indicou à polícia o local onde a arma do crime estava escondida. Policiais civis foram até um imóvel na região central de Palmas e apreenderam a pistola, que foi enviada para perícia técnica. O advogado de Waldecir afirmou que seu cliente só se apresentará "em momento oportuno" para dar sua versão dos fatos.
As buscas pelo suspeito foram intensas. Na madrugada do dia 30 de novembro, policiais localizaram o carro de luxo usado no crime na casa de Waldecir, também na área central da capital. O veículo estava coberto por uma lona. Apesar de sinais de que alguém poderia estar no local, a casa foi encontrada vazia. No interior, os agentes apreenderam munições.
Histórico da vítima e do acusado
Dhemis Augusto Santos era natural de Sergipe, havia morado na Bahia e se mudado para o Tocantins há cerca de um ano em busca de oportunidades de emprego. Ele trabalhava para uma empresa terceirizada que prestava serviços ao shopping. Seu chefe, Edmilson dos Santos, relatou que Dhemis estava se estabilizando financeiramente e tinha planos de constituir uma família.
Já Waldecir José de Lima Júnior possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A TV Anhanguera apurou que ele já havia sido condenado em 2013 por porte ilegal de arma de fogo, flagrado com a mesma em uma churrascaria.
A defesa da família de Dhemis, representada pelo advogado Georgie Moura, informou que está requerendo todas as diligências possíveis junto ao delegado responsável para que Waldecir seja localizado e preso. A família conta com o suporte de três advogados.
O shopping e a empresa terceirizada emitiram notas oficiais lamentando profundamente o assassinato. O estabelecimento comercial reforçou que repudia qualquer forma de violência. O crime completou uma semana neste sábado, 6 de dezembro, mantendo a população de Palmas em alerta e a polícia em uma corrida contra o tempo para prender o suspeito.