Um homem de 57 anos foi preso em flagrante na sexta-feira (5) suspeito de cometer dois crimes sexuais violentos em um intervalo de menos de nove horas em Praia Grande, no litoral de São Paulo. As vítimas, duas mulheres de 36 e 41 anos, foram atacadas em situações distintas, sendo que uma delas estava acompanhada da filha de oito anos no momento da agressão.
Crimes ocorreram em sequência rápida
O primeiro caso aconteceu por volta das 2h da madrugada de sexta-feira, no bairro Vila Sônia. A vítima, de 36 anos, saía de uma festa de aniversário quando percebeu que era seguida pelo homem. Em depoimento à TV Tribuna, afiliada da Globo, ela relatou o momento do ataque: "Comecei a apertar os passos. Do nada, pegou e puxou o meu cabelo. Me levou para trás. Foi em um terreno baldio".
A mulher disse ter sido estuprada por aproximadamente três horas, mas conseguiu fugir após esse período. Ainda abalada, ela afirmou: "Eu fecho os olhos e eu lembro".
Segundo ataque dentro de ônibus com criança presente
Por volta das 11h da mesma manhã, o mesmo suspeito entrou em um ônibus e praticou importunação sexual contra uma mulher de 41 anos, que estava com sua filha de oito anos. Ele esfregou as partes íntimas na vítima, o que gerou uma discussão dentro do veículo. Os três – a mãe, a criança e o agressor – desceram do ônibus.
Foi a segunda vítima quem acionou a Polícia Militar. Os agentes localizaram e prenderam o homem em flagrante. Ambas as mulheres o identificaram como autor dos crimes sexuais, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Passagem criminal e alívio das vítimas
A TV Tribuna apurou que o preso já tinha quatro passagens pela polícia, sendo uma por roubo e três por homicídio. A primeira vítima expressou alívio pela prisão: "Eu não desejo para ninguém. Graças a Deus que ele está ali dentro [preso] para não fazer mais, porque de ontem para hoje já foram duas. Se ele ficasse na rua, seria mais".
A SSP-SP registrou os casos como estupro e importunação sexual na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande. A Prefeitura municipal, por sua vez, informou ao g1 que não tinha informações sobre o atendimento médico oferecido à mulher estuprada nem sobre o caso ocorrido dentro do ônibus.
Os crimes, ocorridos em um curto espaço de tempo, acenderam um alerta sobre a segurança pública na região e a reincidência criminal. A rápida ação da segunda vítima em acionar a polícia foi crucial para a prisão do suspeito, impedindo que novos ataques fossem cometidos.