Um assalto a uma das instituições culturais mais importantes do país chocou a cidade de São Paulo neste domingo (7). Dois criminosos armados invadiram a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, localizada no Centro da capital, e levaram consigo valiosas obras de arte.
Detalhes do assalto no centro cultural
O crime ocorreu durante a manhã. De acordo com informações da Polícia Militar, os homens, portando armas, renderam os seguranças ou guardas municipais que estavam no local. Após o roubo, a dupla fugiu em direção à Estação Anhangabaú do Metrô.
Equipes policiais que estavam nas proximidades atenderam a ocorrência de forma imediata. Os funcionários da biblioteca receberam auxílio e um amplo patrulhamento foi iniciado na região indicada para tentar localizar os assaltantes. Até o momento, ninguém foi preso em conexão com o caso. A polícia informou que não houve registro de feridos durante a ação criminosa.
O local e seus arredores seguem sob intensa vigilância da PM. Enquanto isso, outra equipe trabalha na coleta de informações para identificar e capturar os responsáveis pelo roubo.
Histórico de segurança e importância do local
Esta não é a primeira vez que a principal biblioteca municipal de São Paulo é vítima de ladrões. Em 2006, a instituição foi alvo de um furto que resultou no desaparecimento de doze gravuras raras do século XIX. As peças, datadas de 1834, eram parte do livro "Souvenirs de Rio de Janeiro", que contém ilustrações de paisagens brasileiras pintadas à mão pelo artista suíço Johann Jacob Steinmann.
Aquele crime só foi descoberto em agosto de 2006, quando um funcionário notou a falta das imagens. As gravuras foram recuperadas pela Polícia Federal apenas em 2024, ou seja, 18 anos após o roubo. A investigação apurou que elas estavam com um colecionador brasileiro, que as havia comprado legalmente em uma casa de leilões em Londres.
Um patrimônio centenário
A Biblioteca Mário de Andrade, mantida pela Prefeitura de São Paulo, é a segunda maior do Brasil e a maior biblioteca pública da cidade. Ela celebrou seu centenário em fevereiro deste ano. Em 1960, a instituição, que antes era chamada apenas de Biblioteca Municipal, recebeu o nome em homenagem ao escritor modernista Mário de Andrade.
O espaço é um polo vital para pesquisadores e o público em geral. Somente no ano passado, mais de 207 mil pessoas visitaram a biblioteca. Seu acervo passa por manutenção permanente para garantir que todas as obras estejam em condições adequadas de uso.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para obter um posicionamento sobre o episódio, mas ainda não recebeu retorno.
