Médico psiquiatra é vítima de crime violento em Salvador
O médico psiquiatra Rodrigo Barros Cavalcanti, de 35 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava no bairro de Patamares, em Salvador. O corpo foi localizado por familiares na madrugada de sábado (22) e apresentava marcas de violência, conforme confirmado pela Polícia Civil.
Carreira promissora interrompida pela violência
Rodrigo Barros Cavalcanti era natural do Recife e havia se formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública em 2014. O profissional possuía Registro de Qualificação de Especialista em Psiquiatria desde 2019 e atuava no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil de Conceição do Jacuípe, cidade localizada a 100 quilômetros da capital baiana.
Segundo informações do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), o jovem psiquiatra demonstrava dedicação e competência em sua especialidade, construindo uma carreira sólida na área da saúde mental.
Investigação aponta para ameaças anteriores
Uma apuração da TV Bahia revelou que o médico havia registrado um boletim de ocorrência no início de novembro, relatando ameaças de morte por parte de um homem que conhecera há aproximadamente três meses. De acordo com as informações, o indivíduo cobrava valores em dinheiro e chegou a filmar o local onde Rodrigo morava para enviar as imagens a um suposto traficante de drogas.
A Polícia Civil confirmou que trata o caso como crime e investiga a autoria e motivação do homicídio. As câmeras de segurança do prédio e equipamentos de monitoramento instalados dentro do apartamento serão analisados como parte das investigações.
Repercussão e manifestações de pesar
O Cremeb emitiu nota oficial lamentando profundamente a morte do colega médico. O presidente do conselho, Otávio Marambaia, declarou: "Estamos profundamente entristecidos pela interrupção tão precoce da vida deste colega, que, apesar da pouca idade, já se dedicava com competência à sua especialidade".
A prefeitura de Conceição do Jacuípe também se manifestou, destacando o cuidado e humanidade que Rodrigo demonstrava com seus pacientes. Em nota, a secretaria municipal de saúde afirmou: "Nossa solidariedade aos familiares, amigos e colegas neste momento de dor. Que seu legado siga presente no cuidado e na humanidade que sempre demonstrou".
Até o momento, ninguém foi preso em conexão com o crime, e as investigações continuam em andamento para elucidar as circunstâncias que levaram à morte do profissional de saúde.