Tentativa de assalto termina com três feridos no Méier
Um soldado da Polícia Militar de Minas Gerais, seu avô coronel reformado e sua avó de 79 anos foram vítimas de uma violenta tentativa de assalto na noite de quinta-feira (20) no bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu quando a família voltava de uma apresentação de balé da filha do policial.
Reação do policial e tiros
O soldado de 33 anos, que estava dirigindo o veículo, relatou que dois homens em uma motocicleta emparelharam com seu carro. O passageiro da moto apontou uma arma para seu rosto e anunciou o assalto. Foi neste momento que o policial tomou uma decisão drástica.
"Joguei o carro contra a moto deles assim que percebi a abordagem. Só vi clarão do tiro", contou o militar. Apesar da manobra, os criminosos efetuaram disparos contra o veículo.
Acidente e consequências
Após os tiros, o motorista perdeu o controle do carro, que colidiu contra o muro da Rua Amaro Cavalcanti. Todos os três ocupantes do veículo ficaram feridos.
O soldado foi atingido nos ombros e se recupera na casa dos avós. Já o coronel reformado, de 79 anos, levou um tiro no braço esquerdo e precisou passar por cirurgia para retirada da bala, recebendo alta em seguida.
A idosa, esposa do coronel, foi a mais gravemente ferida, com estilhaços no rosto e lesões no ombro e cotovelo. Ela foi transferida na manhã de sexta-feira (21) para um hospital particular, onde seria submetida a procedimento cirúrgico.
Cena do crime e fuga dos bandidos
Câmeras de segurança registraram o momento em que os criminosos abandonaram a moto utilizada no crime. Eles roubaram outro motociclista e conseguiram fugir do local.
Moradores da região relataram que o trecho da Rua Amaro Cavalcanti é conhecido pelos constantes assaltos. No muro próximo ao local do crime, a palavra "ladrão" havia sido escrita por moradores como alerta, mas a inscrição foi coberta com tinta branca na manhã seguinte.
Medo e insegurança
O policial mineiro, que visita o Rio para ver a família, expressou sua tristeza com a situação: "Infelizmente a cidade que eu nasci e cresci não dá vontade de voltar. Volto porque tem família, minha filha que mora aqui, mas não dá vontade de voltar".
O caso reforça as preocupações com a segurança pública na região, que já havia aparecido em reportagens anteriores mostrando flagrantes de roubos. O medo permanece entre os moradores, que convivem diariamente com a violência urbana.