
Não deu outra. Mais uma operação policial na cidade do Rio e, como infelizmente já é esperado, o saldo foi de violência e pessoas feridas. Dessa vez, o alvo foram comunidades da Zona Norte, especificamente na região de Pavuna e arredores, e o resultado deixou um rastro de apreensão.
Por volta das 5h da manhã desta terça-feira (27), aquele barulho característico já anunciava: tiroteio. E dos pesados. Segundo as primeiras informações, um policial militar, que integrava a operação, foi atingido na perna. Mas o pior — e mais revoltante — é que não parou por aí.
Um taxista, que simplesmente estava no lugar errado e na hora absolutamente errada, também foi alvejado. Imagina a cena: o homem, trabalhando, tentando ganhar o pão de cada dia, e de repente se vê no meio de um confronto que não escolhe alvo. Ele foi atingido no braço, mas felizmente seu estado é estável. Que alívio, não é mesmo?
Os dois, PM e taxista, foram levados às pressas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, lá na Realengo. O policial já passou por cirurgia e, pelos últimos boletins, está fora de perigo. O motorista também recebeu os devidos cuidados. Graças a Deus.
E o que motivou a operação?
Boa pergunta. A PM divulgou que a ação tinha como objetivo reprimir facções criminosas que agem na área — uma disputa de território que, como todo carioca sabe, é antiga e sangrenta. Foram apreendidas armas e drogas, mas a um custo que, francamente, parece cada vez mais alto e questionável.
Ah, e é claro: o trânsito na região ficou um caos completo. Quem precisou passar pela Avenida Brasil e ruas próximas pela manhã deve ter sentido na pele o transtorno. Ônibus parados, carros fazendo retorno desesperado, aquele nervosismo geral que só quem vive no Rio conhece bem.
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, resumiu a sensação de muitos: “A gente já acorda ouvindo tiro. Não dá mais. É medo, é insegurança, é não saber se volta pra casa.” E é exatamente isso.