
Uma cena de horror que vai marcar para sempre a memória de uma criança. Na noite de sexta-feira, 11 de outubro, a violência que assombra o Espírito Santo mostrou sua face mais desumana em Cariacica.
Jefferson da Silva Rosa, um motoboy de 26 anos que trabalhava para sustentar a família, teve sua vida interrompida de maneira brutal. Tudo aconteceu por volta das 20h30, no bairro Campo Grande, região metropolitana de Vitória.
O que começou como uma discussão aparentemente comum — dessas que acontecem todos os dias — rapidamente escalou para uma tragédia irreversível. Testemunhas contam que a situação fugiu do controle em questão de minutos.
O pequeno espectador do horror
Enquanto o pai discutia do lado de fora, dentro do carro da família, um menino de apenas 2 anos assistia tudo. Imagino o que se passava na cabecinha dele — o medo, a confusão, o desespero de ver o pai em perigo.
E então os tiros ecoaram. Não foi um, nem dois. Vários disparos que silenciaram Jefferson para sempre. A cena é de cortar o coração: o motoboy desaba no chão enquanto a criança, presa no banco do carro, testemunha o assassinato do próprio pai.
O que restou depois da tragédia
Os paramédicos do Samu correram para o local, mas era tarde demais. Jefferson já não tinha sinais vitais quando chegaram. A perícia da Polícia Civil trabalhou no local até altas horas, coletando provas e tentando reconstruir os últimos momentos de vida da vítima.
O que me deixa mais revoltado nesses casos é a frieza dos assassinos. Atirar diante de uma criança? É como se toda noção de humanidade tivesse sido abandonada.
Um padrão que se repete
Esse não é um caso isolado — infelizmente. A violência no trânsito, as brigas que terminam em morte, a sensação de que qualquer discussão pode custar uma vida. A gente vive num momento em que as pessoas parecem ter perdido a capacidade de dialogar, de aceitar que nem sempre temos razão.
O que será do menino que viu o pai morrer? Como superar um trauma desses? Perguntas que ficam no ar, sem respostas fáceis.
A Polícia Civil já iniciou as investigações, mas até agora não há informações sobre suspeitos. A comunidade está em choque, como sempre acontece quando a violência bate tão perto de casa.
Enquanto isso, uma família chora a perda de um jovem de 26 anos, e uma criança de 2 anos terá que carregar para sempre a lembrança do dia em que viu o mundo desmoronar.