Mãe de influenciador busca respostas após execução brutal em Ribeirão Preto
A mãe do influenciador digital Renan Romero, conhecido como Gigante du Grau, ainda não consegue acreditar na morte violenta do filho. Marta Aparecida Romero Rezende falou pela primeira vez desde o assassinato do rapaz de 32 anos, ocorrido há pouco mais de uma semana em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
"Eu quero que tenha uma resposta, porque meu filho não merecia isso. Ninguém merece isso", desabafou Marta, demonstrando a dor de uma mãe que perdeu o filho de forma tão brutal.
Detalhes do crime que chocou a cidade
O assassinato aconteceu no dia 19 de novembro, em frente a uma casa localizada no Parque Ribeirão, na zona Oeste da cidade. Renan foi executado com pelo menos dez tiros, em um crime que foi registrado por uma pessoa que estava próxima ao local. Os homens responsáveis pelo ataque fugiram imediatamente após o crime.
A Polícia Civil assumiu as investigações do caso, que até o início da noite de quinta-feira ainda não tinha suspeitos identificados ou presos. Um importante avanço ocorreu com a descoberta de um carro furtado que pode ter sido utilizado pelos assassinos durante a fuga. O veículo foi localizado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e será submetido à perícia criminal.
Quem era Gigante du Grau
Renan Romero, de 32 anos, construiu sua fama nas redes sociais através de manobras radicais de moto conhecidas como 'grau'. Seu perfil no Instagram reunia mais de 140 mil seguidores que acompanhavam suas arriscadas performances sobre duas rodas - algumas vezes ajoelhado na moto, outras em pé.
Além de compartilhar suas habilidades sobre a moto, o influenciador também promovia rifas na internet e organizava passeios de moto para sua comunidade de fãs. Após sua morte trágica, mais de 40 mil pessoas passaram a seguir seu perfil no Instagram, onde muitos deixaram mensagens de condolências e destacaram que Renan era "uma pessoa boa e de bom coração".
As últimas lembranças e o diálogo final
Marta guarda com carinho a memória do último encontro com o filho, antes dele sair de casa afirmando que iria pintar a moto - uma de suas maiores paixões.
"A minha pergunta é por que aconteceu isso. Ele estava aqui, ele tomou banho, se arrumando. Eu falei assim 'aonde você vai?' 'Vou lá levar a moto lá pra pintar.' Aí eu falei pra ele: 'vai almoçar?' Ele falou 'não mãe, mais tarde'. E saiu. Eu estou esperando voltar, como se não tivesse acontecido", lamenta a mãe.
Segundo seu relato, Renan não demonstrava nenhum sinal de problemas entre a noite de terça-feira (18) e a manhã de quarta-feira (19), período em que esteve com ela. "Ele estava aqui de boa, onze e meia, meia-noite, ele estava aqui na minha casa. Foi o último dia", recorda com tristeza.
A mãe destacou que o filho não mencionou qualquer tipo de ameaça, o que torna o crime ainda mais inexplicável para a família. "Porque, se tivesse ameaça, ele ia falar pra mim. 'Mãe, cuidado, fecha a porta'. Ele ia falar pra mim alguma coisa, mas nunca vi nada de ameaça contra ele, nada", afirmou.
O legado de alegria e a busca por justiça
Marta descreve o filho como uma pessoa conhecida pelo bom humor e que estava entusiasmado com o crescimento de sua base de seguidores nas redes sociais. "Tem muita gente que fala bem como ele era e realmente ele era assim: só sorriso, só zoação. Ele gostava das motos, de empinar mesmo", compartilhou.
O sonho de Renan era alcançar a marca de 200 mil seguidores, um objetivo que infelizmente não poderá concretizar. "A gente nunca imagina, eu nunca imaginei que ele fosse passar por isso. Ele era doido pra fazer propaganda, pra ter mais conteúdo, visualização. Ele queria chegar nesses tão sonhados 200", revelou a mãe.
Inconformada com a brutalidade do crime, Marta não apenas deseja que os responsáveis sejam presos, mas também quer compreender as motivações por trás do assassinato. "Eu quero que as autoridades procurem quem, pra eu saber o porquê", finalizou, ecoando o luto de uma família que busca respostas e justiça.
